Da redação
São Paulo – A Arábia Saudita deve entrar para a Organização Mundial do Comércio (OMC) no início de 2004. A informação foi dada Munir Akram, que é o embaixador paquistanês das Nações Unidas em Nova York e chefia as negociações para a inclusão de novos membros na OMC.
Na semana passada, Akram participou de diversas reuniões em Genebra, na Suíça, sede da OMC, junto com o ministro saudita de Comércio e Indústria, Hashim Yamani. As informações foram divulgadas pela Saudi Arabian General Investment Authority (Sagia), órgão do governo criado em 2000 para regular os investimentos privados no país.
Segundo Akram, a Arábia Saudita deve finalizar as discussões para sua entrada na Organização no final deste ano. Com isso, indicou o embaixador, o país poderá fazer parte do organismo internacional que reúne outras 146 nações já no começo de 2004.
Junto com a Rússia e a Ucrânia, a Arábia Saudita está entre as maiores economias do mundo que ainda não se integraram à OMC. A Organização foi fundada em 1995 para tentar diminuir as barreiras ao comércio de produtos e serviços entre seus membros.
A Arábia Saudita também é o único país do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) que não é membro da OMC – o CCG é uma união aduaneira que inclui também Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã. A região concentra os maiores produtores de petróleo do Oriente Médio.
Durante os dois dias de reuniões na sede da OMC, o ministro Yamani disse que a Arábia Saudita assinou 16 acordos bilaterais com outros membros da Organização, incluindo a União Européia e o Japão. Os Estados Unidos, porém, não participaram.
Esses acordos são importantes porque podem garantir a aprovação dos integrantes da OMC à entrada da Arábia Saudita na Organização. O ministro garantiu que, até o final deste ano, deve firmar outros acertos com os países que fazem parte da OMC.
Fontes informaram ainda que, durante o encontro, Yamani disse que a lista original, feita pelo governo saudita, de serviços que continuariam barrados aos investidores estrangeiros mesmo após o ingresso do país na OMC foi diminuída.