São Paulo – A feira Arab Health, dos setores médico, hospitalar e odontológico, realizada em janeiro em Dubai, deve render negócios no valor de US$ 12,6 milhões nos próximos 12 meses para as 50 empresas brasileiras que participaram. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), foram fechadas vendas de US$ 2 milhões na própria feira.
Uma empresa que recebeu pedidos foi a Olidef, de produtos neonatais. De acordo com o gerente de exportação da companhia, Bruno Tavares Pinto, foram feitos mais de cinco pedidos por importadores da Arábia Saudita. “Fechamos contratos que foram iniciados na feira Medica, da Alemanha”, disse o gerente.
Segundo ele, os negócios foram firmados com importadores que já eram clientes e novos compradores. Os principais pedidos foram de incubadoras e berços para recém-nascidos. Além da Arábia Saudita, o gerente está em negociação com compradores do Iêmen e Kuwait. Atualmente, as exportações representam de 35% a 40% do faturamento da empresa e o mercado árabe corresponde a 25% das vendas externas. Essa foi a quinta participação da companhia na Arab Health. “Já somos conhecidos”, disse Pinto.
Outra empresa também assídua no evento é a Sismatec, de produtos para centros cirúrgicos. “Dubai é o lugar estratégico para encontrar todos os distribuidores do Oriente Médio”, afirmou a gerente de exportação para a região, Flávia Rodrigues. Segundo ela, a feira foi positiva e serviu para apresentar os produtos da empresa aos árabes.
Arábia Saudita, Emirados Árabes e Síria são países para onde a empresa já exporta. “Nesta edição, a Arábia Saudita se destacou”, disse Flávia, que recebeu muitos contatos de empresas sauditas. Ela vendeu um foco de luz para cirurgia a um hospital saudita.
No total, as empresas brasileiras fizeram 2,9 mil contatos com representantes de mais de 50 países. Segundo dados da Abimo, as prospecções ficaram abaixo do esperado, pois a previsão era de um volume de negócios de US$ 24 milhões para os próximos 12 meses. No entanto, os contratos fechados na própria mostra superaram as expectativas, que eram de US$ 1 milhão em vendas.
De acordo com o presidente da Abimo, Franco Pallamolla, em nota divulgada pela entidade, “os países árabes representaram os negócios mais promissores e, por já conhecerem as marcas brasileiras, optaram por comprar os produtos na própria feira”.