Rabat – O Marrocos enfrenta temperaturas incomuns neste inverno, com o janeiro mais quente registrado desde que as medições começaram, em 1940, informou nesta quarta-feira (06) a Direção-Geral de Meteorologia (DGM) do país árabe da África, atribuindo o fenômeno à mudança climática.
As temperaturas atingiram recentemente os 37ºC no Marrocos, sendo que o país começa o ano em seu período mais frio. Os marroquinos enfrentam o sexto ano consecutivo de uma seca que ameaça gravemente a agricultura, setor que representa 14% das exportações. Na foto acima, produtor instala gotejamento na lavoura, em Berrechid.
Em janeiro, a temperatura média bateu um recorde, “superando em +3,8ºC a média de um mês de janeiro de 1991 a 2020”, declarou Hucine Yuabed, chefe de comunicações do DGM. É “o janeiro mais quente desde que as primeiras medições foram feitas, em 1940”, disse à AFP.
Segundo o DGM, em fevereiro várias regiões registraram um aumento superior a 10ºC face às médias mensais habituais. “Estes acontecimentos recentes em Marrocos fazem parte de uma tendência global e refletem as consequências do aquecimento global”, disse Yuabed.
A rede europeia Copernicus indicou que no período de 11 a 20 de fevereiro, 21,6% da Europa e do Norte do Magrebe estiveram em situação de seca, com 17,3% dos solos com déficit de umidade e com 2,5% da área com desenvolvimento anormal de vegetação.
É proibida a reprodução deste conteúdo.