A Procknor, empresa de engenharia industrial com sede em São Paulo, é responsável pelo projeto que dará ao Sudão uma usina para a produção de açúcar, etanol e energia com capacidade para moer 1,3 milhão de tonelada de cana-de-açúcar por ano.
Com previsão para ser inaugurada em 2012, a usina terá capacidade de produção de 75 metros cúbicos de etanol e 1,2 mil toneladas de açúcar por dia, além de 22 megawatts de energia por ano. A companhia brasileira foi contratada pela Kenana Engineering Technical Service, uma subsidiária da Kenana Sugar Company, maior empresa do ramo no Sudão.
Para ganhar o projeto no país árabe, chamado de Mashkoor Sugar Project, a companhia participou de uma concorrência internacional. "Foi feita uma cotação global e a Procknor foi contemplada com esse contrato por causa da nossa experiência, tanto no Brasil como no exterior", relata Luiz Roberto da Cunha, gerente de Planejamento e Obras da Procknor.
A empresa é especializada em projetos industriais para os setores de açúcar, etanol e bioenergia. No Brasil, ela tem projetos por todo o país, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. No exterior, tem atuação no México, Irã, Colômbia, América Central, Angola e Europa.
O projeto é dividido em três fases e, atualmente, está em sua segunda etapa, na qual a empresa sudanesa está adquirindo os equipamentos necessários para a operação da usina. A última fase será a da instalação destes equipamentos. O custo da parte industrial do projeto da usina é de R$ 230 milhões, o que não considera a parte agrícola das operações.
Cunha destaca que a empresa tem planos de continuar atuando em parceria com os sudaneses. "Sabemos que eles têm planos para o futuro. Estamos sendo muito bem sucedidos e o contato com o pessoal técnico de lá é muito bom", destaca. "Eles trabalham com a metodologia do PMI [Project Management Institute], órgão internacional que orienta as melhores práticas para o gerenciamento de projetos", explica o executivo.
Um projeto como o da usina sudanesa leva cerca de 24 meses para ser implementado e movimenta uma equipe com, aproximadamente, 20 pessoas, entre técnicos e engenheiros. No total, a Procknor conta com mais de 80 funcionários.
Além do Sudão, Cunha revela que a empresa também tem interesse em atuar em outros países árabes. "Estamos abertos a qualquer contato. Temos, inclusive, um agente comercial que faz prospecções para nós na região".