As importações brasileiras de fertilizantes aumentaram 68,3% no primeiro bimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, e ficaram em 2,73 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados na terça-feira (29) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
As compras externas cresceram para atender o aquecimento da demanda interna, já que o Brasil é dependente de insumos estrangeiros. Foram comercializadas 3,48 milhões de toneladas de fertilizantes no País nos primeiros dois meses de 2011, um avanço de 10,3% sobre o primeiro bimestre de 2010.
A produção interna, por sua vez, somou apenas 1,36 milhão de toneladas no mesmo período, com um pequeno avanço de 2,2% em relação a janeiro e fevereiro do ano passado, o que mostra o domínio dos produtos importados.
Nessa seara, os países do Oriente Médio e Norte da África são grandes fornecedores do Brasil. Os fertilizantes são o segundo item na pauta de exportação dessas regiões ao País, atrás apenas do petróleo e derivados.
Segundo nota do Mapa, o diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), David Roquetti, disse que as culturas de cana-de-açúcar, algodão, café, milho e arroz impulsionaram a demanda. Ele acrescentou que o volume comercializado no primeiro bimestre foi o segundo maior registrado neste período.
O Mapa informou ainda, com base em dados da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), que o setor de defensivos agrícolas movimentou R$ 1,27 bilhão no primeiro bimestre, um aumento de 10% sobre os dois primeiros meses de 2010. As informações são da Anba.