O Brasil aumentou as suas importações de cimento do mundo árabe neste ano. Foram compradas 247 mil toneladas do produto de janeiro a setembro, um volume 12 vezes maior do que no mesmo período de 2010. A receita passou de US$ 2,3 milhões para US$ 15,1 milhões, alta de 556%, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A importação, no entanto, tanto do mundo árabe como em geral, representa pouco diante do volume de vendas de cimento no Brasil. Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), a comercialização do produto no mercado brasileiro alcançou 47,2 milhões de toneladas no período de janeiro a setembro, com aumento de 7,7% sobre os mesmos meses de 2010. O valor comprado do mundo árabe representou apenas 0,52% do consumo nacional.
Os países árabes que forneceram cimento para o Brasil nos primeiros nove meses do ano foram Emirados, Egito, Argélia e Tunísia. Os Emirados foram o maior vendedor. O país tem algumas fábricas de cimento, como a Union Cement Company e a Fujairah Cement Industries, mas ele é também um grande reexportador de produtos na região. Os tipos de produtos enviados do mundo árabe ao Brasil foram cimentos não pulverizados, também conhecidos como clínquer, e cimentos portland, os brancos.
O mercado de construção no Brasil está aquecido em função do bom momento da economia, o que deve seguir por causa de investimentos que serão feitos para a Copa do Mundo de 2014. Deve haver, em 2011, consumo recorde de 65 milhões de toneladas, segundo SNIC. Segundo informações publicadas no site do sindicato, o Brasil tem atualmente 79 fábricas, que pertencem a 14 grupos nacionais e estrangeiros, com capacidade instalada de 78 milhões de toneladas ao ano, o que permite atender toda a demanda interna.
Fonte: ANBA