São Paulo – A próxima fase da economia mundial, que terá flutuações, trará oportunidades para as economias emergentes aumentarem a presença no cenário global. A opinião é do secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit (foto acima), que falou na abertura do Fórum Econômico Brasil & Países Árabes, promovido pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira em parceria com a Liga Árabe e União das Câmaras Árabes. O evento virtual começou nesta segunda-feira (19) e segue até quinta-feira (22).
“A próxima fase testemunhará flutuações econômicas que todos nós temos observado e uma desaceleração do crescimento, que terá efeitos sobre a economia internacional”, disse Gheit. De acordo com o secretário-geral, isso representa um incentivo adicional para abrir horizontes de investimentos não convencionais entre árabes e brasileiros.
“Há oportunidades para as economias emergentes aumentarem sua vitalidade e presença no cenário econômico global, especialmente para sociedades jovens, com potencial humano e capital, como é o caso do mundo árabe e do Brasil”, falou. Ele recomenda estudar as fraquezas do sistema econômico internacional e na estrutura do comércio internacional reveladas pela pandemia e as consequências.
Gheit disse que as relações entre o Brasil e os países árabes estão estabelecidas há décadas e incluem cooperação nos campos político, econômico e social. “Apesar das mudanças de governos e orientações, as relações existentes entre os países árabes e o Brasil continuam pautadas no fortalecimento da cooperação econômica e cultural, assim como de outros laços existentes entre os povos”.
“A Liga dos Estados Árabes está sempre disposta a se comunicar com os outros, especialmente com os países amigos. E, mesmo nos casos em que há diferenças nas orientações políticas, a sustentabilidade das relações econômicas e culturais e das relações entre os povos é o que a Liga deseja enfatizar e fortalecer, pois representa a verdadeira base sólida para a cooperação entre países”, afirmou.
O secretário-geral destacou o papel da Câmara Árabe como ponte de comunicação entre as duas regiões e no trabalho da instituição para que sejam mantidas as relações comerciais entre Brasil e países árabes.
Acesse cobertura completa do fórum no site da ANBA.