São Paulo – O Brasil deve colher 298,6 milhões de toneladas de grãos na safra 2023/2024, o que significará redução de 21,2 milhões de toneladas em relação à colheita anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a partir do 11º levantamento.
De acordo com dados da Conab, a queda é influenciada principalmente pela perda na produtividade média das lavouras, reflexo das adversidades climáticas, em especial sobre o desenvolvimento das culturas de primeira safra, desde o início do plantio até as fases de reprodução nas lavouras.
No caso do milho, aliada à perda de produtividade, a área da cultura foi reduzida na primeira e na segunda safras, o que influencia a expectativa de colheita. O Brasil deve produzir em 2023/2024 cerca de 115,65 milhões de toneladas de milho, volume 12,3% inferior à colheita 2022/2023.
Outro grão produzido pelo Brasil, a soja também terá redução de safra. Devem ser colhidas 147,38 milhões de toneladas, com queda de 4,7%. Em regiões de plantio precoce houve alterações no potencial produtivo, com baixos índices de chuvas e altas temperaturas, o que causou replantios e perdas de produtividade. Já o trigo terá sua área de cultivo reduzida em 11,6% no País neste ciclo.
Algodão, feijão e arroz
Para outras culturas, no entanto, é esperado aumento de safra, caso do algodão em pluma, que deve ter recorde de produção na colheita 2023/2024, com 3,64 milhões de toneladas. A Conab espera ainda uma produção de feijão 7,3% maior, com 3,26 milhão de toneladas a serem colhidas, e a safra de arroz com crescimento de 5,6% para 10,59 milhões de toneladas.
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