São Paulo – Cinco advogados brasileiros farão intercâmbio no Sudão, país árabe do Norte da África, no mês de novembro. A iniciativa faz parte de uma parceria que a Ordem dos Advogados do Brasil mantém com a Ordem dos Advogados do Sudão. O Conselho Federal da OAB promove esse tipo de cooperação, por meio da sua Comissão de Relações Internacionais, para que advogados do País conheçam o universo jurídico de outras nações e profissionais estrangeiros também entendam melhor a realidade brasileira na área.
Os brasileiros que visitarão o Sudão em novembro serão José Ricardo dos Santos Luz Júnior, Lucas Mendes de Freitas Teixeira, Maria Ticiana Campos de Araújo, Olivia Alves Barbosa e Rafael Barreto Souza. Eles foram selecionados por currículo após uma chamada nacional feita a todos os advogados do País, segundo informações da assessoria internacional do Conselho Federal da OAB. Eles permanecerão no Sudão de 1º a 22 de novembro.
No país árabe, os advogados vão fazer estágios em escritórios, conhecer as instâncias superiores de justiça, entre outras ações. Na volta eles farão relatórios para que a experiência possa ser conhecida pelos demais advogados brasileiros e o objetivo, segundo informações da assessoria, é que sejam divulgadores das informações que captaram. O intercâmbio é patrocinado pela Ordem dos Advogados do Sudão e a Embaixada do Sudão em Brasília.
A viagem é uma retribuição ao programa de cooperação feito com advogados sudaneses no Brasil em setembro do ano passado, com organização da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), órgão do Itamaraty. Cinco profissionais estiveram no País por 18 dias, também fazendo estágios em escritórios de diferentes estados, conhecendo o funcionamento de órgãos do Judiciário, como Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
A OAB mantém esse tipo de cooperação com diversos países como a França e os integrantes africanos da União de Advogados de Língua Portuguesa. Também está em tratativas para fechar parceria com o Reino Unido. De acordo com a assessoria internacional, programas como estes também favorecem que um país aprenda com o outro. No caso do intercâmbio com os africanos, chamou a atenção dos participantes, por exemplo, a atuação da Defensoria Pública da União, assistência jurídica dada pelo governo aos cidadãos comuns. A iniciativa deve favorecer também o atendimento a empresas estrangeiras no Brasil, já que haverá mais profissionais conhecendo as leis de onde elas vêm.


