Túnis – As catástrofes naturais já custaram 1.098 vidas, afetaram quase 300 mil pessoas e destruíram ou danificaram cerca de 45 mil casas na Tunísia desde a década de 1980 até o ano passado. A informação foi dada pelo representante do Ministério da Agricultura, Recursos Hídricos e Pescas do país, Mohamed Bem Saïd, nesta quarta-feira (07), em Túnis, no debate “Prevenção e Gestão de Secas e Inundações”, no 5º Fórum da Água do Mediterrâneo.
A notícia foi publicada na Tunis Afrique Presse (TAP). Segundo o site, Saïd disse que a Tunísia tem vivido anos de seca, com aumento acentuado de número de dias quentes e da temperatura média anual em cerca de 1,4%. Na foto acima, inundação na cidade tunisiana de Beja em 2011.
Apenas as perdas e danos causados por inundações na cidade de Nabeul, na costa nordeste tunisiana, em 2018, foram estimados em US$ 106 milhões, ceifando 2.400 empregos. Entre os anos de 2005 e 2020, o país árabe sofreu 4.332 incêndios florestais, que abrangeram 41 mil hectares de áreas florestais.
Um relatório do Banco Mundial aponta que a subida do nível do mar poderá afetar quase um quarto da zona costeira tunisiana até 2050, resultado em perda de áreas no valor de US$ 1,6 bilhão. As inundações devem aumentar em quase dez vezes até aquele ano e o custo para restaurar rodovias após os fenômenos será de US$ 277 milhões.
No mesmo debate em que foi apresentado o panorama das catástrofes naturais no país, entraram em pauta ações governo para fazer frente a isso. O Ministério da Agricultura, Recursos Hídricos e Pescas já lançou dois grandes programas, o primeiro para proteger as cidades e as terras agrícolas das inundações e o segundo para aproveitar o excesso de chuva em períodos chuvosos para cobrir as necessidades das regiões mais afetadas por seca.