Ajman – O emirado de Ajman, o menor em extensão territorial dos sete Emirados Árabes Unidos, com 360 quilômetros quadrados, tem interesse em atrair empresas brasileiras e formar parcerias para o desenvolvimento da cidade. Uma delegação de empresários brasileiros, coordenada pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), esteve neste domingo visitando o emirado.
“Procuramos parcerias para desenvolver um grande projeto aqui em Ajman. As empresas brasileiras interessadas podem nos enviar seus perfis”, afirmou o diretor-geral da Câmara de Comércio e Indústria de Ajman, Mohammed Al Hamrani, que recebeu a delegação. Segundo ele, a entidade tem um projeto para construção de um centro de exposição, com quatro pavilhões, hotel, hospital e a de um novo prédio da própria Câmara. A área total do empreendimento é de 100 mil metros quadrados.
Segundo o relações públicas da entidade, Nasser Ibrahim Al Dhafri, uma ideia para as empresas brasileiras se estabelecerem no emirado é pela zona franca de Ajman, que oferece muitas oportunidades e facilidades.
O emirado, que tem uma população entre 250 e 300 mil habitantes, tem um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 18 bilhões e oferece um custo de vida mais baixo do que Dubai. “Muitas pessoas que trabalham em Dubai moram aqui [em Ajman]”, disse Dhafri. O preço do aluguel, por exemplo, no emirado é metade do valor cobrado em Dubai.
De acordo com o relações públicas, mesmo com a crise o setor imobiliário de Ajman continuou estável. O emirado é formado por mais de 700 indústrias e 25 mil estabelecimentos comerciais. A maior parte da força de trabalho no emirado está concentrada no setor têxtil, mas a maioria dos investimentos vai para as áreas química e de plástico. Segundo Dhafri, o emirado também possui grandes empresas dos ramos de tabaco, alimentos e bebidas.
A delegação brasileira, chefiada pelo vice-presidente regional da Fiesc, Waldemar Antônio Schmitz, conheceu ainda em Ajman a sua zona franca. A área abriga 4 mil empresas, principalmente tradings e indústrias de alimentos, do setor plástico e linhas de montagem. A maioria tem procedência asiática, de países como Índia, Malásia e Paquistão.