São Paulo – A fabricante de pijamas femininos Mixte, com sede em Jaguará do Sul, Santa Catarina, criou uma coleção especial de pijamas com fios de algodão egípcio. A novidade foi o grande lançamento da empresa no último verão. Os fios foram importados da Índia por uma empresa parceira da Mixte e a tecelagem foi feita no Brasil.
“O algodão egípcio garante suavidade e leveza às peças, por isso é ótimo para as estações mais quentes, além de agregar valor ao produto. No próximo verão devemos confeccionar novamente uma linha com fios de algodão egípcio”, afirma Rafael Marthendal, gerente financeiro da empresa. Segundo ele, as peças fizeram muito sucesso entre os clientes da Mixte. "As peças foram muito procuradas pelas pessoas que já conhecem e preferem a linha produzida com fibra de bambu, que é 100% ecológica", acrescenta.
De acordo com Marthendal, após um período sem vender para o mercado externo, a Mixte prepara a retomada das exportações. “Em função da crise mundial, não sabemos se esse retorno será possível no curto prazo, mas temos muito interesse de voltar a exportar e conquistar cada vez mais novos clientes, também nos países árabes”, destaca. A fabricante já exportou para a Argentina há cerca de três anos.
A empresa, criada há cinco anos, gera 10 empregos diretos na fábrica, mais cerca de 10 empregos indiretos. No Brasil costuma participar do Salão de Lingerie. No mercado interno mantém distribuidores que vendem para lojas multimarcas, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Goiás.
Coleção outono inverno
A coleção outono inverno 2009 da Mixte, que já está nas lojas brasileiras, aposta no conceito fashion para a hora de dormir. Os novos pijamas usam e abusam de fuxicos, babados, golas pólo com abotoamento, sobreposições e capuz. Há ainda calças com amarração no cós ou elástico embutido, leggings, cardigans acinturados, blusas com abotoamento frontal, batas e regatas com decote nadador, camisolas com alças reguláveis. Colete, a peça coringa da estação, também dá o tom na coleção, em diversas modelagens.
Acompanhando as tendências mundiais, as criações da Mixte apostam em detalhes finos e discretos, visual mais limpo e apliques e bordados mais românticos e aspecto vintage. Na cartela de cores, destaque para o petúnia (roxo), azul, papaia, amarelo, caramelo e mesclas, além de muitas listras (horizontais e verticais) e xadrezes em todas as suas variantes. As peças da nova coleção da Mixte são elaboradas em tecidos como moletinho, felpado, bambu, flamê, meia malha, ribana, tecidos planos, veludo molhado, moulinê, suedine e polar, especialmente utilizado em roupões.
Algodão egípcio
O algodão está enraizado na cultura do Egito. O produto começou a ser cultivado no país árabe em 1821 e teve seu processo de produção transmitido de geração para geração. Chamado de "ouro branco", o algodão egípcio, que teve seu boom no mercado internacional em 1860, é reconhecido e utilizado por grandes grifes mundiais como Kenzo e Chanel.
Durante muitos anos o algodão foi considerado o rei da agricultura e significava sustento para a maioria das famílias egípcias. Hoje ele ainda é a principal cultura de exportação do Egito. O algodão egípcio é colhido à mão e organicamente cultivado. O comprimento e a resistência da fibra permitem fazer tecidos mais fortes e duráveis. Além disso, sua facilidade de absorção torna o tecido mais luminoso e as cores mais resistentes.
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