São Paulo – A designer e estilista carioca Alessa, da grife de roupas de mesmo nome, tem em seu escritório, em Ipanema, no Rio de Janeiro, um mapa-múndi todo marcado com os países nos quais ela quer investir. No mundo árabe, já existem tachinhas indicando negócios fechados na Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Líbano, por exemplo. No que depender dela, que exporta hoje para mais de 30 nações, haverá novos mercados a serem preenchidos muito em breve. Inclusive porque a coleção verão 2011 da marca, chamada de “A Alquimista”, é voltada para o Oriente Médio.
“Usamos muito plissados, bordados a mão, bordados com paetês e cores sofisticadas e exuberantes na coleção”, explica Alessa. “Tanto que 60% das vendas externas dessa linha até agora foram para países árabes”, diz a estilista, que espera elevar esse percentual para 70% com a participação na feira Tranoi, em Paris, na França, nas próximas semanas.
Atenta ao mapa que tem na parede, Alessa manda e-mails e liga diretamente para os importadores que a interessam convidando-os a participar de eventos como o de Paris. Nessas ocasiões, a empreendedora diz que adora negociar com compradores árabes. “É um aprendizado, eles sempre pedem descontos, mas compram muito. Têm segurança de que vão vender aquilo que estão levando”, explica.
De acordo com a estilista, os vestidos de festa são os mais vendidos entre a clientela árabe. Na mais recente coleção, por exemplo, o campeão das exportações para as arábias foi o modelo “Lua Bordado”. “É um longo, azul, feito de musseline e plissado. Por sinal, era a peça mais cara do grupo: 400 euros”, conta. Além do glamour, as mulheres que vestem Alessa nos países árabes gostam de cores fortes. “E de peças arrojadas, exuberantes”, explica ela.
Entre os orgulhos da estilista, está o fato de ter suas peças expostas em pontos de venda como a Harvey Nichols, de Riad, na Arábia Saudita, e na Bloomingdale’s de Dubai, nos Emirados. “São duas das melhores lojas dessas cidades”, diz. A empresa tem nas exportações 50% de seu faturamento e lança, todos os anos, cinco coleções. A produção gira em torno de 5 mil peças por semestre.
A grife que leva o nome de sua fundadora foi criada em 2002, no Rio de Janeiro, e é baseada em coleções de moda feminina com “humor como matéria-prima” e “muita brasilidade”. A produção das peças leva em conta técnicas artesanais e design. No Brasil, a marca pode ser encontrada em 120 lojas multimarcas.
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