São Paulo – A alta renda dos países árabes faz com que a região seja um mercado potencial para exportadores brasileiros. A dica foi dada pelo gerente de Desenvolvimento de Mercado da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, ontem (22), durante o painel "Diversificando o destino das exportações", no Encomex, encontro de comércio exterior que teve uma edição na capital paulista.
Solano apresentou um panorama geral sobre os países árabes e destacou que a economia desta região não se baseia somente no petróleo, mas também é forte em outros setores, como construção, turismo e bens de consumo. Ele chamou a atenção dos presentes – grande parte empresários – para a alta renda dos países árabes. "O Catar, por exemplo, tem uma renda per capita superior à norte-americana. Em 2009, o país já cresceu 9%", destacou.
O Encomex, evento promovido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, reuniu representantes de diversas organizações ligadas ao comércio exterior, com o objetivo de debater as oportunidades e desafios do setor. No mesmo painel que Rodrigo participaram ainda, como palestrantes, Marcos Barbosa, professor da Policamp, e Jayme Martins, diretor da Câmara de Comércio Brasil China.
Sobre as exportações dos países árabes para o Brasil, Rodrigo informou que 80% vêm do petróleo. Ele ressaltou, no entanto, que existem outras oportunidades importantes que o Brasil pode aproveitar, como tecidos, móveis étnicos, tapetes, azeite, frutas secas, fertilizantes, entre outros itens produzidos por nações árabes.
Os maiores fornecedores árabes para o Brasil são a Arábia Saudita, a Argélia, a Líbia e o Iraque. Já os principais destinos das vendas do Brasil para o mercado árabe são a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Egito e a Argélia.
Carnes, açúcar e minério são os produtos mais exportados pelo Brasil aos países árabes. Rodrigo destacou a Sadia como um exemplo de sucesso neste mercado. "Os árabes reconhecem a Sadia como uma empresa árabe. É possível repetir este exemplo em outros casos".
Na palestra anterior, o professor da Policamp Marcos Barbosa também havia destacado o mercado árabe como uma região importante a ser prospectada pelos exportadores brasileiros. "Novos mercados, como Oriente Médio e África, oferecem menor concorrência global e melhores margens", disse.

