São Paulo – Três equipes de estudantes brasileiros vão participar da competição de robótica First Lego League, na cidade de Byblos, no Líbano, de sexta-feira (14) a domingo (16). As equipes são a FrancoDroid, do Rio de Janeiro, a Conectados, do Paraná, e a Galaxy Forces, do Rio Grande do Norte (foto acima). Os brasileiros foram classificados no Torneio Nacional de Robótica do Sesi, realizado em março de 2019, no Rio.
Os jovens já estão no Líbano e as disputas ocorrerão entre os dias 14 e 16 de junho. O torneio faz parte de um programa internacional que incentiva crianças e jovens de 09 a 16 a estudar e produzir ciência e tecnologia. As equipes participantes têm que programar um robô feito com peças de Lego para marcar pontos em um campo de jogo temático (The Robot Game).
Além disso, o campeonato inclui mais duas partes: utilizar o tema do ano para desenvolver um projeto que apresente uma problemática e sua respectiva solução. O tema deste ano é “Em Órbita”. Outro desafio analisado pela competição é que a equipe faça tudo guiada por seus próprios valores essenciais. O evento reúne 74 times e 500 competidores de 46 países. A disputa inclui estudantes que desenvolveram design, engenheira e os programas de tecnologia de seus próprios robôs, além do projeto .
A equipe carioca do Colégio Liceu Franco-Brasileiro é a FrancoDroid. Os jovens criaram o Cosmo Cup – Coletor Menstrual Espacial. O projeto representa uma alternativa inédita na maneira de lidar com a menstruação no espaço, de uma forma saudável e sustentável.
Outra equipe classificada vem do Paraná. São 10 alunos no time Conectados, da Escola Municipal Coronel Durival Britto e Silva. Eles desenvolveram seu projeto pensando na ansiedade dos astronautas. Contra esse mal, criaram cápsulas com extrato de lavanda.
Já os estudantes de Mossoró, no Rio Grande do Norte, são a primeira equipe do estado a chegar à etapa internacional do campeonato, de acordo com a diretora de educação da escola da equipe, a Sesi Escola Mossoró/RN, Ana Karenine. A equipe batizada de Galaxy Forces identificou a perda de massa muscular em astronautas que ficam sob estado baixa gravidade. A partir daí, a solução foi criar uma roupa utilizando elásticos do tipo “theraband”, usados na fisioterapia terapêutica, para que os astronautas façam os exercícios necessários. “A temática de todo o projeto é como se fossem Power Rangers para salvar o espaço”, explicou Karenine, referindo-se à série televisiva de super-heróis.
A equipe tem como técnico o professor da escola Leonardo Garcia. Os alunos que competirão são Renalle Fátima, José Alfredo, Vanessa Praxedes, Lucas Rock e Néfi Ângelo. Além deles, acompanham a equipe Ana Karenine e o coordenador de robótica do Sesi, Anderson Vieira.
Garcia explica que a equipe teve que se dedicar para finalizar o projeto em um mês. “De lá para cá vieram aperfeiçoamentos significativos com a roupa [própria para astronautas, que foi desenvolvida pelos alunos]. Os contatos profissionais enriqueceram muito o projeto, pois fizeram os alunos estudar biologia, anatomia, fisioterapia. Além dos fenômenos físicos presentes na elasticidade da roupa e dos ‘theraband’”, explicou o professor à ANBA sobre as descobertas dos alunos.