Da redação
São Paulo – A Agência de Notícias Brasil-Árabe (ANBA) chega hoje ao seu primeiro ano com mais de cem mil acessos. O site, especializado em notícias sobre o comércio entre o Brasil e os países árabes, recebeu 116.471 visitas desde que entrou no ar, no dia 17 de setembro de 2003, até o final do mês de agosto.
Apenas no último mês os acessos aumentaram em 15%. A página foi visitada 19.980 vezes. Em agosto, os acessos estavam em 17.366. A agência foi criada pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) para divulgar e fomentar as relações comerciais entre o Brasil e os países árabes e cresce numa proporção parecida ao comércio das duas regiões.
No primeiro mês de ANBA, em setembro do ano passado, foram registrados 1.389 acessos. Naquele mesmo mês, as exportações brasileiras para a região estavam em US$ 307 milhões. Em agosto de 2004, as vendas do país para os árabes chegaram a US$ 397 milhões, enquanto o número de visitas do site ultrapassou 17 mil.
"Abriu-se um espaço extraordinário para ampliar e consolidar nossas relações comerciais. Nesse contexto, a ANBA é um instrumento fundamental. Colabora no que é essencial para que o trabalho de promoção comercial desenvolvido por nós se efetive", disse o presidente da Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex), Juan Quirós.
A corrente comercial entre o Brasil e os países árabes atingiu US$ 5 bilhões entre janeiro e agosto deste ano. O salto foi de US$ 1,8 bilhão sobre o mesmo período do ano passado. O presidente da CCAB, Paulo Atallah, acredita que em 2004 as importações e exportações entre os dois blocos econômicos devem ficar entre US$ 7 bilhões e US$ 7,3 bilhões. A CCAB é uma das instituições que trabalham diariamente pelo aumento deste comércio.
"A ANBA agregou valor à Câmara, aumentando sua credibilidade. A instituição ganhou com a agência. Ela tem contribuído muito para o relacionamento e para a comunicação entre brasileiros e árabes. E foram a credibilidade e a qualidade das informações que determinaram esse sucesso", afirmou Atallah.
A agência se propõe a relatar não somente os grandes negócios, mas também as pequenas parcerias realizadas entre empresários brasileiros e árabes, as descobertas de mercados e produtos até então pouco explorados, fatos que normalmente não têm espaço na mídia brasileira. "A informação é ferramenta fundamental para a abertura e fortalecimento de novos mercados e para o estabelecimento de saudáveis parcerias", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo Costa da Rocha Loures.
Em maio, a ANBA, numa iniciativa ousada, inaugurou uma seção de cultura em um site dedicado basicamente ao comércio exterior e às relações comerciais e diplomáticas entre o Brasil e os países da Liga Árabe. Trata-se da "Oriente-se", dedicada a explorar a influência da cultura árabe nas culturas ibérica e brasileira e vice-versa.
Equipe
A ANBA começou com um tradutor, um repórter, uma editora-sênior e os dois coordenadores da Agência Meios, responsável pelo conteúdo editorial do site. Um ano depois a equipe cresceu, numa demonstração do sucesso da empreitada: hoje, além dos coordenadores da Meios, há dois tradutores, um editor-sênior, uma editora-assistente e duas repórteres.
O site tem duas versões, uma em inglês e outra em português. Nas embaixadas e consulados de países árabes no Brasil, a agência se tornou uma ferramenta de informação importante. "Acho que a ANBA está fazendo um trabalho muito bom, de interesse para a economia tunisiana e o mundo árabe", declarou o embaixador da Tunísia, Hassine Bouzid.
Na embaixada da Palestina e do Marrocos a agência também é lida. "A agência preenche um vácuo que existia porque os árabes não sabiam o que ocorria no Brasil e os brasileiros não sabiam o que ocorria nos países árabes. Para nós, embaixadores, ela é um instrumento muito útil", afirma o embaixador do Marrocos em Brasília, Ali Achour. A mesma opinião tem o embaixador da Palestina, Musa Amer Odeh.
O conteúdo publicado no site é reproduzido por agências de notícias do Brasil e do exterior. A ANBA tem parcerias com a Emirates News Agency, dos Emirados Árabes Unidos, Algérie Presse Service, da Argélia, a Yemen News Agency, do Iêmen, e Agência Brasil, do Sistema Radiobrás.
Credibilidade e respeito
A ANBA conquistou reconhecimento entre as suas fontes. "Tive a oportunidade de falar várias vezes com a ANBA e sempre as notícias saíram com muita propriedade", disse o diretor-executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Julio Sérgio Gomes de Almeida. "A CCAB está de parabéns pela iniciativa de criar a ANBA", acrescentou o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), Julio Cardoso.
O secretário Desenvolvimento Econômico de São Paulo, João Carlos Meirelles, disse que a ANBA é uma ferramenta importante para o aumento do comércio exterior. "Só podemos comemorar o êxito da agência", declarou. "Ela se firmou como um importante canal de comunicação para a imensa comunidade árabe existente no Brasil", acrescentou o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos.
A ANBA e os jornalistas
No meio jornalístico, a ANBA é reconhecida como um novo canal de comunicação, segmentado e especializado. "A imprensa brasileira, quando o assunto é economia, fica muito refém de agências que atendem apenas a um determinado status empresarial. A ANBA é um excelente contraponto a tudo isso. Vem enriquecer nosso noticiário com matérias e furos que não fazem parte do cardápio de notícias de outras agências", disse o diretor de redação dos jornais Estado de Minas e Correio Braziliense, Josemar Gimenez.
"Além de contribuir para o desenvolvimento de negócios e promover a divulgação das culturas das duas regiões, a ANBA já é também uma referência para os jornalistas brasileiros, que utilizam suas matérias como base para artigos e reportagens", afirmou o gerente de comunicação da Construtora Odebrecht, Marco Antônio Antunes.
"Acompanhei o nascimento da ANBA e pude ser testemunha do entusiasmo das pessoas envolvidas editorialmente com o projeto. O mais importante nesse projeto, ao meu ver, foi ter apostado no profissionalismo e na busca de uma equipe experiente e talentosa", concluiu o editor do informativo Jornalistas & Cia e diretor da Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), Eduardo Ribeiro.

