São Paulo – O governo do Líbano aprovou nesta segunda-feira (21) uma série de reformas econômicas sem precedentes, além do projeto de Orçamento para 2020. A informação é do jornal libanês Daily Star. Segundo o veículo, o orçamento projeta um déficit de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB). O anúncio ocorreu após cinco dias de protestos (foto) pelo país em função da deterioração das condições da economia. O Fundo Monetário Internacional (FMI), porém, estima que o déficit fiscal do Líbano vai ficar em 9,8% do PIB este ano e em 11,5% no próximo.
Entre as reformas, o jornal saudita Arab News informa que o primeiro-ministro Saad Hariri listou uma redução de 50% nos salários dos ex e atuais ministros e deputados, além de um corte de 70% no Orçamento para o Conselho de Desenvolvimento e Reconstrução do país.
Já de acordo com o Arabian Business, de Dubai, em após uma reunião do conselho de ministros, Saad Hariri disse que as medidas não eram apenas uma tentativa de conter as manifestações. “Essas decisões não são concebidas como uma troca. Não devem pedir que você pare de expressar sua raiva. Essa decisão é sua”, disse Hariri.
Os protestos que começaram contra o aumento de impostos evoluíram para pedidos pela destituição de toda liderança política do Líbano. Ainda em notícia divulgada pelo Arabian Business, Hariri disse que apoiava a convocação dos manifestantes por eleições antecipadas.