São Paulo – A feira de dispositivos médicos Arab Health, a maior do Oriente Médio, vem se consolidando como um evento dos mais importantes do setor em todo o mundo, inclusive para empresas brasileiras. A edição deste ano, que terminou nesta quinta-feira (27) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, contou com 21 companhias do Brasil e resultou em mais de US$ 2 milhões em negócios para o País. A expectativa é gerar mais de US$ 10 milhões nos próximos 12 meses.
A gerente de Projetos e Marketing Internacional da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo), Larissa Gomes, disse à ANBA que a feira foi excelente, com muito movimento desde o primeiro dia, e que a visitação se aproximou à do período pré-pandêmico. “Muitos países da região estão vindo para cá fazer negócios. Nós fizemos 1.255 contatos nesses quatro dias de feira, e os principais países foram Índia, Irã, Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Emirados, Paquistão, Líbano e Turquia”, contou Gomes.
Segundo a executiva, as empresas brasileiras ficaram muito satisfeitas com o retorno da feira, que além do bom movimento, resultou em contatos qualificados. “Isso mostra uma retomada desses eventos de qualidade mesmo estando ainda em um período de pandemia. Para nós, é muito importante estar aqui e conquistar esses mercados em que o Brasil é muito competitivo, porque aqui não tem uma produção de dispositivos médicos e nós temos qualidade e preço competitivo em relação aos concorrentes, os fabricantes de outros países. Consideramos um mercado muito importante para as nossas exportações”, declarou.
Uma das 21 empresas brasileiras que participaram da Arab Health 2022 foi a Atrasorb, que produz absorvedores de CO2 que são utilizados na área medicinal em procedimentos que requerem anestesia inalatória. “A Arab Health é hoje para nós a feira de dispositivos médicos mais importante, mais que a feira médica da Alemanha, principalmente pelo tipo de contato que a gente faz; muitos clientes vêm aqui e não vão para a Europa, é um mercado que está em franco crescimento e tem um bom relacionamento com o Brasil”, disse à ANBA o diretor da Atrasorb, Lucas Vicente.
Segundo ele, sua empresa consegue ter um bom acesso nos mercados presentes na feira porque a Atrasorb tem todas as certificações dos Estados Unidos e Europa, que são exigências nos produtos desse setor para o mundo. “Temos muitos contatos importantes aqui, tanto que viemos em junho do ano passado e agora estamos de volta em janeiro pela importância da feira. É um evento que não temos mais como deixar de participar, sendo estratégico para o nosso posicionamento no Oriente Médio, Ásia, África e até alguns países do Leste Europeu”, declarou Vicente.
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O grupo de empresas brasileiras participou da feira como parte do Brazilian Health Devices (BHD), projeto de fomento às exportação do setor levado adiante pela Abimo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Representantes da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, assim como o embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos, Fernando Igreja, estiveram na mostra com os empresários.