São Paulo – Os países árabes receberam US$ 348 bilhões em investimentos estrangeiros diretos (IED) nos últimos 10 anos, segundo relatório da Corporação Inter-Árabe de Garantia de Investimentos (IAIGC, na sigla em inglês), com sede no Kuwait. A Arábia Saudita foi o principal destino na região e atraiu US$ 88,3 bilhões no período, segundo matéria do jornal Emirates Business 24/7, de Dubai.
Os Emirados Árabes Unidos ficaram na segunda posição com US$ 66,2 bilhões em IED, ou 19% do total recebido na região. Embora o relatório da IAIGC não especifique quais foram os investidores nos Emirados, Japão, Estados Unidos e a União Européia são os principais parceiros econômicos e financeiros do país.
A maior parte dos investimentos estrangeiros nos Emirados ocorreu nos últimos cinco anos. O país recebeu US$ 4,25 bilhões em 2003, US$ 10 bilhões em 2004, US$ 10,9 bilhões em 2005, US$ 12,8 bilhões em 2006, US$ 13,2 bilhões em 2007 e US$ 13,7 bilhões em 2008. O total do ano passado foi recorde, apesar da forte desaceleração causada pela crise no segundo semestre.
O Egito ficou em terceiro lugar no mundo árabe como destino de IED, tendo recebido US$ 43,3 bilhões de 1998 a 2008. Em seguida vieram Líbano, com US$ 22,3 bilhões, e Argélia, que atraiu US$ 22,1 bilhões.
Entre os países árabes que receberam o menor volume de IED estão Somália, com US$ 254 milhões, Djibuti, com US$ 488 milhões, e Palestina, com US$ 651 milhões. O Kuwait é o penúltimo na lista, com US$ 411 milhões, embora tenha registrado forte crescimento econômico e expansão de sua indústria petrolífera no período. O país possui cerca de 10% do petróleo existente no mundo.
O relatório mostra também que os Emirados assinaram 43 acordos para evitar a dupla tributação, sendo o país árabe com o maior número de contratos do tipo. A Tunísia ficou em segundo lugar, com 39 acordos, seguida por Kuwait e Egito, com 38 acordos cada, Síria, com 28 acordos, e Catar, com 27.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum

