São Paulo – A 11ª rodada de negócios realizada durante a Feira Hospitalar, que acabou nesta quinta-feira (24) em São Paulo, abriu perspectivas de realizar pelo menos US$ 15 milhões em negócios nos próximos 12 meses. Também durante o evento, uma empresa da Jordânia e outra do Egito compraram produtos avaliados em US$ 50 mil cada uma.
Para a gerente de projetos internacionais da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), Paula Portugal, o resultado obtido na rodada de negócios foi "excelente".
"Ficou acima do esperado. Foram 55 empresas brasileiras vendendo e 21 compradores [estrangeiros]. Foram realizadas aproximadamente 600 reuniões nos três dias de rodada [entre 22 e 24 de maio] e foram negociações de muita qualidade pois os compradores já sabiam com quem estavam conversando no momento em que começavam a reunião", afirmou. Além dos US$ 15 milhões que os vendedores brasileiros preveem exportar nos próximos 12 meses, há possibilidades, segundo Portugal, de que essas vendas sejam ainda maiores. "Não sabemos quanto os clientes pretendem comprar", disse.
A rodada de negócios foi promovida pelo projeto Brazilian Health Devices (BHD), coordenado pela Abimo em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). Foram convidados importadores da África do Sul, Índia, Indonésia, Portugal, Romênia, Rússia, México, Peru, Argentina, Chile, Bolívia, Colômbia, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Líbano e Marrocos.
Portugal acredita que a próxima rodada de negócios poderá ser maior do que esta, com mais compradores. "Foi fácil trazer as empresas para cá. Quando convidamos, surgiram muitos interessados. Isso mostra que eles querem cada vez mais conhecer o Brasil e os produtos brasileiros. Na próxima edição vamos tentar trazer mais compradores", afirmou.
As vendas celebradas para os clientes do Egito e da Jordânia não foram isoladas. Embora os clientes de todos os países tenham mostrado interesse nos produtos médicos feitos no Brasil, Portugal diz que os árabes apresentaram um interesse maior em comprar. "Eles se mostraram acima de tudo muito surpresos e entusiasmados, e a recíproca dos vendedores também é verdadeira", afirmou.
Em 2011, o setor de produtos médicos e hospitalares exportou US$ 707 milhões. Desse total, segundo a Abimo, US$ 57 milhões foram para países do Oriente Médio e Norte da África. Os principais compradores foram Irã, Argélia, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

