São Paulo – A rodada de negócios organizada na feira de equipamentos e produtos médicos Hospitalar deverá gerar negócios entre vendedores brasileiros e clientes árabes. Empresas do Sudão e dos Emirados Árabes Unidos foram convidadas para participar do encontro que terminou nesta quinta-feira (21) e foi organizado pelo projeto Brazilian Health Devices, uma parceria da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A feira vai até esta sexta-feira (22) no Expo Center Norte, em São Paulo.
Gerente do Departamento Médico da Rasd Technology, do Sudão, Mona Eisa Yagoub, deverá fazer pedidos a duas empresas brasileiras. Uma delas fabrica incubadoras e equipamentos neonatais. A outra produz respiradores.
“Precisamos de soluções para atender melhor nossa população. Antes comprávamos dos Estados Unidos e da Alemanha, depois China e Índia, mas estes produtos não são bons. Eu já conhecia os produtos brasileiros, que têm um preço bom e são de boa qualidade. Visitei duas fábricas de companhias brasileiras e deveremos fechar negócio em breve”, afirmou.
Yagoub afirmou também que há espaço para parcerias entre o Sudão e o Brasil na área médica, a exemplo do que faz a Turquia no país do Norte da África ao construir e administrar hospitais. “Não temos fábricas, precisamos de médicos e há oportunidades de parceria, além de um mercado [para produtos médicos]”, disse.
Diretor geral do escritório científico Ashur, companhia que representa empresas no Iraque, Mustafa Ibraheem declarou que há oportunidades para os produtos brasileiros no país árabe e que ele pretende fazer pedidos a algumas das empresas com as quais se reuniu na feira. Entre os produtos que Ibraheem negociou no evento estão móveis para ambientes médicos e equipamentos para a realização de cirurgias.
“O orçamento para saúde no Iraque era de US$ 4,5 bilhões por ano, mas com os recentes conflitos esse valor caiu. No entanto, se as empresas brasileiras desejarem ganhar mercado no Iraque, elas devem atuar em parceria com o governo. Há ainda oportunidades para os produtos brasileiros nos mercados do Líbano, Arábia Saudita e Jordânia”, disse.
Ibraheem negocia produtos médicos também em Dubai, nos Emirados, mas ele afirmou que o mercado tem padrões e exigências que algumas empresas brasileiras não atendem. O mesmo desafio foi apontado por Yagoub, do Sudão. Apesar de terem qualidade próxima aos concorrentes europeus e turcos, alguns produtos brasileiros ainda não têm o certificado necessário para ser vendidos em mercados como Emirados, Catar e Kuwait.
Gerente de Comércio Exterior da Apramed, Joe Correa apresentou aos compradores árabes produtos oftalmológicos e afirmou à ANBA que há chances de fazer mais negócios com os árabes, pois a empresa já exporta para Arábia Saudita e Iraque. “Temos todas as certificações, o que ajuda muito. Nós já exportamos para a região e acho que podemos ter bons resultados”, disse. Ele observou, contudo, que exportar produtos neste setor exige investimento inicial e um relacionamento com o parceiro estrangeiro.
Serviço
Feira Hospitalar
Até 22 de maio das 12 às 21 horas
Expo Center Norte, Rua José Bernardo Pinto, 333, Vila Guilherme, São Paulo, SP
Informações: http://www.hospitalar.com/index.php


