São Paulo – A quinta edição dos Jogos Mundiais Militares, no Rio de Janeiro, já começou a distribuir medalhas a competidores de 111 países. Entre as nações representadas na competição estão 14 árabes.
Somados, os países do Oriente Médio e Norte da África têm 437 competidores, e a maior delegação entre eles é a do Catar, com 81 atletas. A menor é a do Iêmen, tem apenas dois competidores que disputam medalhas no taekwondo.
Nos três primeiros dias de competição, o Egito já surpreende no futebol masculino, com duas goleadas. Na primeira rodada, o Brasil ganhou de 1×0 da Argélia, o Egito goleou o Quênia por 4×1 e o Catar venceu a Alemanha por 2×1. Na segunda rodada, a Argélia fez 5×0 no Uruguai, o Brasil ganhou de 6×0 do Suriname, o Egito derrotou o Equador por 5×0 e o Catar venceu Camarões por 2×1. No vôlei masculino o Brasil venceu o Catar por 3 sets a 1.
Na noite desta segunda-feira (18), a China lidera o quadro de medalhas. Assim como os brasileiros, os chineses conquistaram cinco ouros na natação, mas a China assumiu a liderança porque tinha outras quatro medalhas de prata e cinco de bronze. O Brasil garantiu duas de prata e duas de bronze e está em segundo lugar nos Jogos. Os árabes ainda não conquistaram medalhas.
A cerimônia de abertura da primeira edição dos jogos olímpicos militares foi realizada em 04 de setembro de 1995, quando se completaram 50 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. O objetivo do evento, de acordo com o Conselho Internacional de Esportes Militares (CISM), é promover a paz. Segundo o conselho, não há mensagem mais significativa de paz do que aquela enviada pelas forças armadas dos países que participam dos Jogos.
Depois da primeira edição, em Roma, as olimpíadas militares passaram a ser realizadas a cada quatro anos. Em 1999 Zagreb, na Croácia, foi sede do evento. Em 2003, os atletas militares voltaram para a Itália, desta vez para Catânia. Hyderabad, na Índia, recebeu a última edição, em 2007.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, participou da abertura desta edição, no sábado, no Estádio Engenhão, no Rio. O ex-jogador de futebol Pelé acendeu a tocha olímpica. O Brasil ganhou o direito de sediar os jogos militares ao derrotar a Turquia porque o Rio já tem a infraestrutura dos Jogos Panamericanos de 2007.
Entre as 20 modalidades, há as tradicionais, como judô, vôlei, futebol, basquete e boxe. Mas também há esportes que só podem ser praticados por integrantes das Forças Armadas, como o pentatlo militar. Esta competição avalia o desempenho dos combatentes em tiro, pista de obstáculos, natação utilitária (de sobrevivência na água), lançamento de granada, cross country e revezamento.
Outras modalidades exclusivas são o paraquedismo, pentatlo naval e pentatlo aeronáutico. Neste último, os competidores precisam passar por pontos determinados em rotas aéreas pilotando aviões a 400 quilômetros por hora. Em outras etapas desta modalidade, é preciso vencer em tiro, natação, esgrima, basquete, pista de obstáculos e orientação (em que é necessário passar por pontos de controle no menor tempo possível). Para participar dos Jogos Olímpicos Militares é preciso ser militar. Há casos, porém, em que ex-atletas se alistam só para competir.
