São Paulo – A Arábia Saudita vai assumir a liderança do setor de construção no Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) em 2009, ultrapassando os Emirados Árabes Unidos. A informação consta de uma pesquisa da Proleads, consultoria que monitora projetos do ramo no Oriente Médio, publicada pelo jornal Khaleej Times, de Dubai. A indústria da construção, principal geradora de empregos nos Emirados, sofre com a retração do crédito.
Segundo o levantamento, feito com altos executivos de empresas de construção da região, durante esse período de incertezas gerado pela crise internacional, os Sauditas vão assumir a dianteira principalmente por causa dos investimentos que estão sendo realizado na infraestrutura do país.
Todos os executivos pesquisados acreditam na inversão de posições entre Arábia Saudita e Emirados em 2009. Já 32% acreditam que a recessão global terá um forte impacto na economia dos Emirados. Segundo estimativas da Proleads, cerca de US$ 583 bilhões em projetos de construção nos Emirados foram postos em espera.
Para 34% dos CEOs e executivos, 2009 será um ano em que as empresas do setor ainda vão crescer, entre 1% a 9%. No entanto, para 2010 as expectativas não são boas, pois os contratos em desenvolvimento no momento se referem a contratos assinados em 2008, quando os preços dos imóveis estavam muito altos.
Dos executivos pesquisados, 86% dizem que seus clientes estão atrasando pagamentos referentes a obras no GCC. Entretanto, segundo os pesquisados, atrasos de um a três meses são normais em obras na região.
Para os executivos, empreendimentos nas áreas de água e geração de energia elétrica devem ser os carros chefes dos projetos no GCC este ano, ajudando a impulsionar a economia do bloco.
Já 79% dos entrevistados acreditam que os governos do GCC precisam de mais apoio para a indústria. Grande parte também acredita que os governos devem encorajar os bancos a aumentar o volume de empréstimos para as construtoras. De acordo com 47% dos pesquisados, as empresas do bloco não mudaram práticas comerciais devido à crise econômica.
*Tradução de Mark Ament

