Geovana Pagel
São Paulo – O volume de exportações de ovos brasileiros para a Arábia Saudita deve aumentar neste ano. Produtores de São Paulo e do Paraná, que enviam mensalmente 1,5 milhão de ovos para o país árabe, devem ampliar as vendas em 2004 e estão em fase de fechamento de negócios com Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
De acordo com Genivaldo Ulisses de Oliveira, diretor- executivo da Palma Assessoria Importação e Exportação, responsável pelo despacho aduaneiro das cargas, os ovos brasileiros estão tendo bastante aceitação na região. “No ano passado, em qualidade, nosso produto foi superior ao europeu”, afirma Oliveira.
As vendas para os países árabes são feitas via intermediário na Europa. “Estabelecemos uma programação mensal de aproximadamente 100 mil quilos, o que equivale a 1,5 milhão de unidades”, explica Oliveira. “Agora estamos em fase de negociação com Dubai, o que já deve representar um crescimento nas vendas para o Oriente Médio”, conta.
Segundo Oliveira, como os países árabes não fecham novos negócios no mês de janeiro, ainda é cedo para garantir um aumento nas exportações devido à doença da vaca louca nos Estados Unidos e à gripe do frango nos países asiáticos. “A expectativa de aumento das vendas para a região só será confirmada a partir de março”, explica.
Associação prevê crescimento no consumo mundial de ovos
A Associação Paulista de Avicultura (APA) informou que até ser resolvida a crise da doença da vaca louca (EUA) e a gripe do frango (Ásia), a tendência do mercado mundial é substituir a carne vermelha pelas carnes de frango, suína, peixe e ovos importados de países como o Brasil.
“A extensão do problema causado pela doença da vaca louca no mercado americano ainda não podemos avaliar. Mas, com certeza, haverá um aumento no consumo mundial de ovos. Por isso, estamos nos preparando para elevar a produção brasileira, inclusive para exportar à Europa, Oriente Médio e Japão”, prevê Teixeira da Silva.
Segundo ele, em 2004, o setor de avicultura estima aumentar em 6% a produção de ovos no país em relação a 2003, quando alcançou a marca de 15 bilhões de unidades.
Outro fator importante que deve provocar o aumento das exportações brasileiras do setor é a decisão da Alemanha de suspender a produção intensiva de ovos em 2005, motivada por restrições internas, tais como aquelas que se referem ao bem-estar das aves, abrindo enormes possibilidades do ovo brasileiro ser importado por aquele país, bem como pela Espanha e Inglaterra, que também estudam a adoção dessas medidas.
A associação trabalha ainda com expectativa de maior estabilidade dos custos de produção e preços mais remuneradores. De acordo com Teixeira da Silva, a inflação baixa, o controle do déficit público e as perspectivas de crescimento econômico deverão incentivar o setor da avicultura a fazer novos investimentos e aumentar a produção.
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