São Paulo – A Arábia Saudita está implementando projetos avaliados em mais de US$ 17 bilhões para produzir um volume superior a 3 milhões de toneladas de alumínio ao ano. A meta do país árabe é tornar-se maior exportador do metal no Oriente Médio. As informações foram divulgadas pelo site do jornal Emirates Business 24/7, de Dubai.
O país árabe pretende construir cinco grandes usinas de alumínio e assim tornar-se um exportador líquido do produto. Atualmente, o país depende em grande parte de importações do metal, conforme informou o Banco Comercial Nacional (NCB) saudita.
Uma das novas usinas será construída pela Emal International, joint-venture entre as empresas Mubadala Development Company e Dubai Aluminum Company, dos Emirados Árabes Unidos, que vai construir uma das novas usinas juntamente com a Emaar Properties, também dos Emirados. Situada na King Abdullah Economic City, cem quilômetros ao norte de Jeddah, na Arábia Saudita, a usina terá capacidade inicial de produção de 700 mil toneladas por ano e potencial para duplicar esse volume.
"A Arábia Saudita está prestes a se tornar um exportador líquido, se não um fornecedor mundial de alumínio primário. Foram anunciados cinco projetos, avaliados em 64,1 bilhões de riais (US$ 17,1 bilhões)", diz um estudo do NCB sobre a indústria do alumínio no país. "Quando concluídos, os projetos deverão ter uma capacidade conjunta de produção de 3,1 milhões de toneladas por ano de alumínio primário até o final de 2012", acrescenta o estudo.
Emirados e Bahrein são hoje os maiores países exportadores de alumínio do Oriente Médio. No final de 2007, as usinas desses dois países, em Dubai e Manama, tinham capacidade conjunta de produção superior a 1,8 milhão de toneladas ao ano.
Outra usina de alumínio está sendo construída em Omã. Também há projetos no Catar e o Kuwait. Após a conclusão desses projetos, a região do Golfo deverá responder por mais de 10% da produção mundial do metal. A produção de alumínio necessita de muita energia, que pode ser gerada por gás natural, produto amplamente disponível na região.
De acordo com o NCB, o principal fator que levou o governo saudita a investir pesado na indústria do alumínio foi o crescimento da demanda interna pelo metal. Estima-se que o mercado local de alumínio movimente cerca de 5,5 bilhões de riais (US$ 1,4 bilhão) por ano. Em 2007, o país consumiu 195.624 toneladas, e o consumo interno deve crescer 37% até 2010, chegando a 267.541 toneladas.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum

