São Paulo – A Arábia Saudita precisa de 1 milhão de novas unidades habitacionais até 2014 para atender à demanda gerada pelo crescimento populacional do país. Apesar disso, o custo das propriedades residenciais deverá cair no curto prazo devido à escassez de crédito mundial. As informações constam de relatório divulgado pelo banco HSBC no último domingo (07) e foram reproduzidas pela agência Reuters.
"Uma desaceleração no crescimento do crédito é esperada em 2009, o que certamente vai influenciar a procura por propriedades, exercendo pressão sobre os preços no curto prazo", afirmou o banco. O HSBC prevê uma redução de 15% nos custos de aluguel e compra de unidades habitacionais na capital saudita, Riad, em 2009, e uma recuperação lenta em 2010.
A rápida expansão populacional no país árabe gera escassez de propriedades residenciais, comerciais, de varejo e hoteleiras em Riad, Meca, Jeddah, Medina e Ash Sharqiyah, que é a maior província do país árabe, de acordo com o relatório do HSBC. "O setor que apresenta maior escassez é o residencial", diz o banco.
O governo saudita estima que a população do país, que era de 23,7 milhões em 2007, deverá chegar a 26,5 milhões em 2014.
"Os preços no mercado residencial saudita estão relativamente acessíveis, e há espaço para aumento. Dada a escassez no mercado e a iminência da criação de uma lei de hipotecas, os preços deverão subir", informou o HSBC. "Pode haver estagnação num futuro próximo, enquanto durar a crise mundial, mas no longo prazo a perspectiva parece favorável", afirma o relatório.
O país deverá implementar sua primeira lei hipotecária este ano. Um projeto de lei, que vem sendo desenvolvido há quase uma década, foi aprovado no ano passado pelo conselho Shura, que assessora o governo saudita. Cerca de 75% da população do país é de nativos, segundo o conselho.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum

