São Paulo – A Arábia Saudita está mais uma vez entre os mercados-alvo do Brazilian Rice, convênio entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz). A renovação do projeto foi assinada na manhã desta quinta-feira (26), em Porto Alegre (RS), em evento que contou com a presença de líderes do setor arrozeiro.
“Continuamos apostando na Arábia Saudita, especialmente pelo potencial do arroz parboilizado naquele mercado”, disse à ANBA Gustavo Ludwig, gerente do projeto Brazilian Rice. “Participamos da Foodex no ano passado e temos planos de estar lá novamente este ano”, afirmou.
Quatro empresas brasileiras do setor estiveram ano passado em Jeddah para participar da Foodex Saudi, importante feira de alimentos local. O bom desempenho do ano passado gerou interesse no retorno para a edição 2018, que será realizada de 12 a 15 de novembro.
Além disso, Ludwig cita a Gulfood, em Dubai, como evento em que as empresas brasileiras poderão encontrar mais oportunidades. “Aí não apenas na Arábia Saudita, mas em todo o mercado árabe”, explicou. Compradores sauditas também serão convidados para rodadas de negócio organizadas pelo convênio.
Segundo a Abiarroz, a Arábia Saudita ainda está em fase de prospecção. Estados Unidos, Panamá, Peru e Reino Unido são outros países-alvo do convênio para o período 2018-2020, quando são estimados R$ 2,1 milhões em investimentos no projeto. O Iraque ainda foi citado por Ludwig como um mercado de destaque, junto com Cuba, Senegal, Venezuela, Serra Leoa, Nicarágua, Bolívia e Gâmbia.
“Essa ação é fundamental, pois geralmente há uma produção excedente de arroz no Brasil e o canal de exportação de um produto já industrializado se torna muito importante”, afirmou, em nota, o presidente da Abiarroz, Elton Doeler. O objetivo, segundo ele, é tornar o País um competidor reconhecido no comércio internacional pela sua qualidade, capacidade produtiva e segurança alimentar.
Também presente no evento, o presidente da Apex, Roberto Jaguaribe, destacou o trabalho da agência. “Passamos por um esforço de abertura comercial de novos parceiros. Muitas vezes esquecemos que somos um grande país, geograficamente, economicamente e demograficamente. Não podemos atuar como país pequeno, temos que agir como um país grande”, afirmou, segundo a nota.