São Paulo – As receitas da Arábia Saudita cresceram 48% no primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Ministério das Finanças divulgados na Saudi Press Agency (SPA), agência de notícias oficial do país. As entradas ficaram em 245,4 bilhões de riais sauditas, o equivalente a US$ 65,4 bilhões pela conversão atual. De janeiro a março de 2018 elas estavam em 166,2 bilhões de riais sauditas (US$ 44,3 bilhões).
Mesmo com as despesas totais também crescendo, em 8%, para 217,5 bilhões de riais sauditas no período (US$ 58 bilhões), o país teve saldo positivo nas suas contas de 27,8 bilhões de riais, o equivalente a US$ 7,4 bilhões pela conversão desta segunda-feira (02).
Do total de receitas do país, 76,3 bilhões de riais sauditas foram não-petrolíferas, ou seja, oriundas de setores que não o de petróleo. Em dólares foram US$ 20,3 bilhões. Houve aumento de 46% sobre o conseguido no primeiro trimestre do ano passado, quando elas estavam em 52,3 bilhões de riais sauditas (US$ 13,9 bilhões).
Já as receitas do setor de petróleo ficaram em 169 bilhões de riais sauditas (US$ 45 bilhões) nos três primeiros meses deste ano, com aumento de 48% sobre o primeiro trimestre de 2018, quando o valor estava em 113,9 bilhões de riais sauditas (US$ 30,3 bilhões), segundo os dados do Ministério das Finanças.
Mais da metade das despesas sauditas no primeiro trimestre deste ano foi com remunerações de funcionários públicos (121,8 bilhões de riais sauditas, iguais a US$ 32,4 bilhões). Os subsídios somaram 10,3 bilhões de riais sauditas (US$ 2,7 bilhões) e os benefícios sociais 17,2 bilhões de riais sauditas (US$ 4,5 bilhões). Apesar das contas positivas do país no primeiro trimestre, a dívida pública saudita soma 610,6 bilhões de riais sauditas (US$ 162,7 bilhões).
O Ministro das Finanças, Mohammed bin Abdullah Al-Jadaan (foto), explicou que o relatório inclui vários indicadores que refletem o compromisso do governo com a transparência e a divulgação, o fortalecimento da governança e da regulamentação fiscal pública e a realização dos objetivos do programa de equilíbrio fiscal.
A agência de classificação de risco Moody’s deu rating A1 com perspectiva estável para a Arábia Saudita em análise anual de crédito. A agência disse que a nota reflete o balanço robusto do governo e citou a liquidez externa, as reservas de petróleo com baixo custo de extração e a regulamentação sensata do sistema financeiro local.