Silwan Abbassi*
Brasília – No próximo Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, a Arábia Saudita vai começar a importar carneiros do Djibuti, o que levará a uma redução no preço da carne do animal no mercado local em 35%, segundo o jornal saudita Al Riyadh. Este ano o Ramadã vai coincidir com o final de setembro e boa parte de outubro.
O embaixador do Djibuti na Arábia Saudita afirmou que o centro de quarentena construído por uma empresa saudita no Djibuti terá capacidade para exportar anualmente cerca de 4 milhões de cabeças de carneiro africano para o mercado saudita.
O embaixador acrescentou que um grupo de especialistas sauditas vai viajar ao país africano antes da inauguração do centro de quarentena. A delegação, que inclui membros dos ministérios da Agricultura, da Saúde e do Comércio e Indústria, vai verificar as condições técnicas e de saúde das instalações.
Tal centro irá permitir as exportações de carneiro do Djibuti, Somália e principalmente da Etiópia. A Arábia Saudita espera importar mais de 500 mil cabeças de carneiro da África já no último trimestre deste ano. O valor por cabeça será de cerca de 300 riais sauditas, equivalente a US$ 80,00. O carneiro sudanês, por exemplo, custa 450 riais, ou US$ 120.
As férias e períodos de festividades como o Hajj, a peregrinação à Meca praticada anualmente pelos muçulmanos, são caracterizados por um grande aumento nas vendas e comércio de produtos da pecuária. Atualmente, a maior parte dos produtos vêm de fornecedores externos como o Sudão, Síria, Turquia, Uruguai, China, Brasil e Austrália. A Arábia Saudita importa anualmente mais de 5 milhões de cabeças de carneiro e cabra, mais de 42 mil cabeças de camelo e cerca de 20 mil cabeças de gado bovino.
*Tradução de Silvia Lindsey