São Paulo – A Saudi Aramco, petrolífera estatal da Arábia Saudita, país que é o maior produtor e exportador mundial de petróleo, anunciou hoje (28) a contratação de sete empresas para a construção de uma refinaria destinada à exportação em Yanbu, no Mar Vermelho. São três companhias do próprio país árabe e quatro estrangeiras que vão atuar em um projeto de US$ 10 bilhões, segundo estimativa da agência de notícias Dow Jones. A Aramco não divulgou o valor dos contratos.
A refinaria, de acordo com informações da petrolífera, será construída em uma área de 5,2 milhões de metros quadrados e, quando pronta, terá capacidade para processar 400 mil barris diários de petróleo pesado, produzir 90 mil barris por dia de gasolina, 263 mil de diesel com baixíssimo nível de enxofre, 6,3 mil toneladas diárias de coque e 1,2 mil toneladas de enxofre.
A Aramco, segundo nota da empresa, está realizando investimentos em refino, após ter ampliado para 12 milhões de barris diários sua capacidade de produção de óleo bruto. Só para dar uma idéia, a produção no Brasil gira em torno de 2 milhões de barris por dia.
As companhias contratadas foram a Tecnicas Reunidas, da Espanha; SK Engineering & Construction Company e Daelim, ambas da Coreia do Sul; Enppi, do Egito; Saudi Services, Dayim Punj Lloyd e Rajeh H Al-Marri, da Arábia Saudita.
A ideia, de acordo com a estatal, é utilizar o máximo possível de produtos e serviços locais. Segundo o CEO da Red Sea Refining Company, subsidiária recém criada para gerir o projeto, 70% do valor do empreendimento será gasto dentro do próprio país. No Brasil, o governo e a Petrobras também querem utilizar o máximo de produtos e serviços nacionais na exploração da nova fronteira petrolífera do pré-sal.
A nota da companhia informa que os contratos anunciados hoje dizem respeito às principais unidades de processamento da refinaria, mas outros contratos ainda vão ser realizados. Um contrato para a preparação do terreno já havia sido feito, no início do ano, com a empresa Abdulrahman Al-Shalawi Establishment. O projeto foi lançado em 2006, sempre de acordo com a nota.

