A Argélia quer que o Brasil ajude a desenvolver setores de sua economia, especialmente a agropecuária e a indústria. O tema foi discutido nesta terça-feira (27) durante encontro do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, com o primeiro-ministro argelino, Ahmed Ouyahia, no seminário empresarial Brasil-Argélia realizado no hotel Sheraton Club des Pins, em Argel, informa a Agência Anba.
O ministro disse que há possibilidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) promoverem transferência de tecnologia para os segmentos de gado leiteiro, cultivo de cereais e para diferentes ramos da indústria.
No caso do leite, por exemplo, a Argélia, que hoje é um dos principais importadores de leite em pó do Brasil, pretende substituir as compras externas pela produção local. O ministro argelino do Comércio, El Hachemi Djaaboub, disse que o país gostaria de ter acesso às raças de gado leiteiro criadas no Brasil, mais resistentes ao clima quente do que as vacas européias, por exemplo, e às técnicas de manejo empregadas na pecuária brasileira.
A Argélia tem cerca de 35 milhões de habitantes, um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 135 bilhões e reservas em moeda internacional na casa dos US$ 110 bilhões. A balança comercial com o Brasil é superavitária para o país árabe em US$ 1,9 bilhão.

