Argel e São Paulo – As importações de alimentos da Argélia somaram US$ 2,82 bilhões de janeiro a abril, uma queda de 11% sobre o mesmo período do ano passado, segundo dados da Diretoria Geral de Alfândegas do país. As informações são da agência de notícias APS.
Houve redução nas compras internacionais de cereais, lácteos, açúcar, farelo de soja e legumes secos. Cresceram, porém, as importações de frutas frescas ou secas, animais vivos e preparações alimentares diversas.
Houve queda também nas importações de óleo de soja, mas na Argélia este produto é classificado como insumo industrial e não entra na balança comercial de alimentos.
As exportações de alimentos e bebidas do Brasil para a Argélia somaram US$ 280,3 milhões de janeiro a abril, um recuo de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
A variação negativa ocorreu basicamente nas vendas de açúcar, pois os embarques de outros produtos importantes da pauta aumentaram, como óleo de soja, milho e carne bovina fresca.
As exportações totais do Brasil à Argélia, porém, aumentaram 10,4% na mesma comparação, para US$ 336,3 milhões, impulsionadas por minério de ferro e tubos de ferro ou aço.
Vale lembrar que a Argélia adotou uma política restritiva às importações para reduzir seu déficit comercial e incentivar a produção nacional. No entanto, em abril o governo decidiu relaxar restrições no que diz respeito a “produtos alimentícios estratégicos”, inicialmente sob a justificativa de garantir os estoques para o mês do Ramadã, que acaba de terminar.
Isso resultou na redução do Imposto de Importação sobre itens como carnes bovinas frescas e congeladas, frutas secas, nozes, manteiga, alimentos dietéticos ou destinados a fins medicinais, e outros.