São Paulo – Quatro produtoras brasileiras de arroz participarão da Foodex Saudi, uma feira voltada ao setor de alimentos na cidade de Jeddah, na Arábia Saudita. De domingo (12) a quarta-feira (15), a Arrozeira Pelotas, Camil Alimentos, Josapar e Nelson Wendt mostrarão seus produtos aos sauditas e demais importadores da região no estande do Brazilian Rice, projeto setorial mantido em convênio entre a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Será a primeira participação brasileira na mostra, que reunirá neste ano 520 marcas de 214 expositores, representando 32 países. Segundo a organização do evento, as importações de alimentos e bebidas da Arábia Saudita deverão saltar dos atuais US$ 21 bilhões para US$ 34 bilhões em 2020.
“Não é uma feira muito grande, comparada com eventos do gênero na América Latina, mas é muito focada no setor de alimentação e tem uma grande presença de fabricantes de arroz, especialmente da Índia, Paquistão, Tailândia e Estados Unidos”, conta Diogo Thomé, executivo de promoção comercial do projeto Brazilian Rice.
O executivo esteve na Foodex Saudi no ano passado em uma missão de conhecimento, para planejar os passos da ação deste ano. Segundo ele, os sauditas consomem muito arroz indiano, mas há um grande espaço para o arroz parboilizado brasileiro. “É um mercado que importa muito arroz. Além da Índia, os Estados Unidos são um grande fornecedor e é nesse espaço que podemos competir”, diz.
A Arábia Saudita é um dos mercados-alvo do projeto Brazilian Rice – e assim permanecerá, pois foi mantido na renovação do convênio este ano. De janeiro a outubro do ano passado, o setor orizícola brasileiro exportou 5 mil toneladas de arroz aos sauditas, volume que subiu para 7 mil toneladas no mesmo período deste ano. Com os resultados da feira, a expectativa é chegar a 10 mil toneladas exportadas nos primeiros dez meses de 2018, segundo o executivo.
Thomé viaja para Jeddah na madrugada de sexta-feira (10) e trabalhará na montagem do estande brasileiro no dia seguinte. Como é a primeira vez que o Brasil participa da exposição, o executivo evitou fazer um prognóstico de fechamento de negócios. Além da exposição de produtos, o estande brasileiro promoverá uma ação especial de cocção e degustação de arroz, para mostrar o diferencial do produto brasileiro.