São Paulo – Aos olhos dos visitantes da região do Vale do São Francisco, no trecho entre Pernambuco e Bahia, não são apenas as águas verdes do rio que chamam a atenção. A área é conhecida ainda pelos projetos de agricultura irrigada. E pelas frutas doces e de tamanho gigante de lá exportadas. As mangas estão entre elas. E têm garantido à Associação de Produtores Orgânicos da Adutora de Carnaíba (Aproac) vender para países como a Holanda.
"Enviamos o primeiro lote de mangas orgânicas para lá no final do ano passado. E devemos mandar o segundo na primeira quinzena de setembro", explica a produtora Balbina Carneiro Rios Filha. A Aproac tem sede em Juazeiro (Bahia) e é formada por 12 associados das cidades de Petrolina, Lagoa Grande e Orocó, em Pernambuco, e ainda pelo município baiano de Casa Nova.
Segundo Balbina, os agricultores ligados à Aproac ainda cultivam banana, coco, limão e mandioca. No primeiro lote comercializado para a Holanda, foram quase 70 toneladas de manga orgânica. Foi a primeira vez que os produtores exportaram de forma direta, sem o intermédio de alguma empresa de comércio exterior. "Há três anos, mandamos nossas frutas para a Europa, mas sempre com o suporte de terceiros", explica.
Agora, diz a produtora, a ideia é investir cada vez mais nas vendas externas. "Vamos aumentar a produção e assim exportar mais", conta Balbina. E os países árabes, estão entre os clientes a serem prospectados lá fora? "Sim, por que não? Sabemos que podem ser bons mercados", afirma Balbina.
O cultivo de mangas orgânicas, ou seja, produzidas sem adubos químicos, garante aos associados da Aproac um rendimento 30% superior ao que poderia ser obtido com as vendas da fruta cultivada do modo convencional. "A manga orgânica tem mais vitaminas e mais sabor, além de durar mais", destaca Balbina, sempre em defesa das lindas e doces frutas do Vale do São Francisco.
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