São Paulo – O consumo mundial de açúcar deve se manter na safra 2026/2027 em trajetória de crescimento gradual, de 1,2% ao ano, impulsionado por economias emergentes da Ásia e África. Enquanto isso, países desenvolvidos tendem a reduzir o consumo per capita do produto em razão de mudanças de hábito e de substituição parcial do produto por adoçantes alternativos.
O panorama foi divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP) nesta terça-feira (30) como parte de análise do mercado de açúcar. De acordo com os pesquisadores do Cepea, o mercado global de açúcar caminha para um cenário de oferta mais folgada ao longo da safra 2026/2027.
O Brasil, maior produtor e exportador de açúcar, tem expectativa de aumento na moagem de cana-de-açúcar na região Centro-Sul. O País produz açúcar principalmente de cana, também insumo do etanol.
O Cepea afirma que a produção brasileira de cana pode superar 620 milhões de toneladas, mas que o aumento não garante forte incremento na produção de açúcar. Isso porque, com ambiente global projetando boa disponibilidade de açúcar nos principais produtores, o setor tende a calibrar o mix entre açúcar e etanol.
O Brasil deve produzir na safra 2026/2027 entre 41 e 44 milhões de toneladas de açúcar, acima das 39,17 milhões de toneladas na atual temporada 2025/26, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). De acordo com o Cepea, a perspectiva dominante no mercado internacional é de preços moderados para o açúcar, com fatores como estoques mais confortáveis e competição entre exportadores.
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