São Paulo – A libanesa de origem brasileira Rebecca Akl vem se destacando no basquete libanês. Filha de mãe brasileira natural de Goiânia, com pai libanês, a atleta nasceu e vive atualmente em Jbeil, cidade ao norte da capital, Beirute. Hoje aos 27 anos, ela é capitã da seleção de basquete feminino do Líbano e embaixadora da ONG “We are the Hope” (em tradução livre, “Somos a Esperança”), que tem por objetivo principal apoiar o esporte no Líbano e motivar os jovens a praticar esportes, mesmo em situações de vulnerabilidade.
Rebecca tem dois irmãos mais velhos que jogam basquete. “Eu comecei a jogar com eles quando tinha quatro anos e depois entrei para o time da escola aos oito anos. Os treinadores me diziam que eu era muito talentosa, então segui praticando mais e mais”, disse ela à ANBA em entrevista por mensagens, em inglês.
Rebecca joga para a seleção de basquete do Líbano desde os 16 anos. Desde 2017, ela é capitã do time. “Eu joguei com a seleção no Campeonato Asiático em 2009, 2011 e 2017. Também jogamos no Campeonato da Ásia Ocidental de Basquete e ganhamos em 2019”.
O trabalho como embaixadora da “We are the Hope” é para ajudar a motivar jovens atletas a continuar praticando esportes. “Como embaixadora, por um lado eu estou tentando servir de inspiração, e trabalho com jovens meninas que precisam de um empurrãozinho. Por outro lado, o presidente ONG vai me ajudar a obter a exposição que eu preciso dentro e fora do Líbano para atingir meus objetivos profissionais e para me dar a exposição que eu mereço em um mundo onde as atenções estão voltadas ao esporte masculino”, disse Rebecca.
Apesar de não ter ídolos ou influências brasileiras, Rebecca afirma que ama o País e que as pessoas são muito amistosas. “Eu adoro a comunidade brasileira no Líbano, eles são muito voltados à família e têm muita proximidade entre eles, se ajudam muito e são cheios de vida”, disse.
Em 2001 ela esteve em Brasília, onde sua mãe vivia, e também no Rio de Janeiro, Fortaleza e Natal, em sua única passagem pelo Brasil, aos oito anos de idade. Por nunca ter vivido no País, a atleta se considera mais libanesa do que brasileira. “Mas eu sempre me apresento como metade brasileira, metade libanesa”, declarou.
“A Rebecca alegrou a comunidade ‘brasilibanesa’ no Líbano. O destaque dela é emocionante para todos e principalmente para as mulheres aqui. Ela é nosso orgulho”, disse para a ANBA o brasileiro que vive no Líbano e é diretor do Centro de Estudos e Culturas da América Latina (