Da redação
São Paulo – Apesar da queda em volume das exportações de café em grão em 2003, o Brasil continuará mantendo a posição de maior produtor e exportador mundial de café.
Os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) revelam que as vendas externas de café em grão entre janeiro e outubro somaram US$ 1.056 bilhão contra os US$ 930 milhões registradas no mesmo período do ano passado.
Se a receita cresceu, em volume as exportações de café em grão caíram, de janeiro a outubro de 20,6 milhões de sacas 18,5 milhões de sacas.
Em compensação, os embarques de café solúvel aumentaram de 1,9 milhão de sacas para 2, 2 milhões de sacas e a receita gerada pelas vendas externas cresceu de US$ 133,6 milhões para US$ 171,8 milhões.
De acordo com o diretor do Departamento de Café do Mapa, Vilmondes Olegário, a razão da queda do volume exportado em café em grão é conseqüência da estimativa de produção menor para a safra 2003/2004, que deverá ficar entre 27 e 30 milhões de sacas. No ano passado, o Brasil registrou uma produção recorde de 48 milhões de sacas.
O diretor do Departamento de Café do Mapa informou ainda que o preço médio do café em grão no período aumentou em 24%, passando de US$ 45,10 a saca para US$ 55,93. Já o café solúvel, o preço passou de US$ 68,46 para US$ 77,08, um incremento de 12,59%.
Segundo o Mapa, o Brasil continua liderando a produção e a exportações mundiais de café. Os principais compradores são Alemanha e Estados Unidos. No ano passado, o país e exportou um total recorde de 29 milhões de sacas, gerando divisas de US$ 1,35 bilhão.