São Paulo – O Bahrein conclui a primeira fase de um estudo para garantir a produção sustentável de pérolas, de acordo com informação publicada na Bahrein News Agency (BNA), agência de notícias oficial local. Levantamento do Instituto de Pérolas e Pedras Preciosas do Bahrein (Danat) mostra que não houve diferença significativa na densidade populacional e abundância dos bancos de ostras perlíferas no país entre os anos de 2012 e 2021.
A conclusão sugere que os leitos de ostras não estão se esgotando e que os estoques seguem consistentes. O estudo identificou, porém, mudanças demográficas nas populações das ostras, com o domínio de uma geração mais nova, o que deverá ser analisado mais detalhadamente. As pérolas provêm de ostras, que no Bahrein são encontradas no mar. Elas são formadas no interior do molusco e costumam ter alta presença nos mares da região do Golfo.
O estudo realizado pela Danat tem por objetivo principal avaliar o estado dos bancos de ostras para verificar o impacto do Plano Nacional de Revitalização do Setor de Pérolas, implementado em 2017. A equipe de pesquisa analisou locais como Hayr Bu Ammamah, Hayr Bul Thamah, Hayr Shtayyah, e Fasht Al Adham na primeira fase. O levantamento deve fornecer aos formuladores de políticas públicas uma análise estatística para que sejam feitas recomendação que garantam práticas sustentáveis na exploração de pérolas no Bahrein.
O Conselho Supremo para o Meio Ambiente do país árabe vem trabalhando para revitalizar a indústria local de pérolas e organizou cursos para quem deseja obter licença de pesca de ostras. Os treinamentos incluíram explicações sobre os regulamentos na área e como preservar a riqueza natural e o ambiente marinho na extração da ostra. Programas de formação e workshop foram realizados para mergulhadores com o intuito de fomentar a profissão. O objetivo é também explorar o setor de forma sustentável no turismo.
A CEO da Danat, Noora Jamsheer, disse que a pesquisa produzirá recomendações para a sustentabilidade dos leitos que contêm ostras peroladas do Bahrein. O estudo é realizada com apoio do Conselho Supremo para o Meio Ambiente e da Diretoria de Pesca do Ministério das Obras, Municípios e Planejamento Urbano do país árabe.