São Paulo – O presidente do Banco Central da Tunísia, Marouane El Abassi (foto acima), acredita que a inflação do país árabe estará abaixo de 7% – entre 6,8% e 6,9% – até o final deste ano. Ele deu a declaração nesta quarta-feira (20), um dia após a instituição financeira aumentar a taxa básica de juros de 6,75% para 7,75% para conter a pressão inflacionária.
O aumento da taxa de juros é uma medida recorrente dos bancos centrais dos países para inibir os aumentos de preços, já que juros mais altos diminuem a disponibilidade de dinheiro de empréstimos no mercado e, assim, com o consumo menos aquecido, a inflação recua. A reportagem sobre a declaração de El Abassi foi publicada na Tunis Afrique Presse (Tap).
Segundo a agência tunisiana, El Abassi afirmou em uma conferência de imprensa que se a taxa de juros não tivesse sido revista, a inflação do país alcançaria dois dígitos. Em janeiro, a inflação anual da Tunísia ficou em 7,1%, após ter chegado a 7,5% em dezembro. Em junho do ano passado ela foi ao seu nível mais alto desde a década de 1990, em 7,8%.
O aumento dos juros básicos foi o terceiro em um ano, desde março do ano passado. Na ocasião a taxa foi elevada de 5% para 5,75%. Mais adiante, em junho, subiu de 5,75% para 6,75%. No ano passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) convocou o governo da Tunísia a tomar medidas para combater os níveis recordes de inflação.
Após aumentar os juros nesta terça-feira, o Banco Central divulgou comunicado dizendo que a continuidade das pressões inflacionários representam um risco para a economia. O setor empresarial não recebeu bem a medida. A União Tunisiana da Indústria, Comércio e Artesanato (Utica) soltou nota dizendo que o aumento elevará o custo do crédito para as empresas.