São Paulo – O Banco Mundial anunciou na terça-feira (13) que vai colocar em prática pelos próximos 18 meses um plano para ajudar o Iêmen a atender as necessidades básicas da população. O programa será adotado durante o período de formação do novo governo, que substituirá o ex-presidente Ali Abdullah Saleh, que renunciou em 2011. Entre as medidas que serão adotadas estão a restauração da confiança no país, a redução da insegurança alimentar e a geração de empregos.
De acordo com o Banco Mundial, o plano será dividido em três estratégias: a primeira irá promover a inclusão social, especialmente de mulheres e jovens. A segunda estratégia prevê o aumento da transparência nas ações do governo e o fortalecimento das instituições iemenitas. A terceira estratégia é garantir que os programas do Banco Mundial no país sejam flexíveis e capazes de se adaptar às necessidades locais.
O programa deverá promover a geração de empregos no curto-prazo, o que reduzirá a dificuldade da população em conseguir alimento e irá interromper o crescimento da pobreza. Ao mesmo tempo, o Banco Mundial prevê o restabelecimento dos serviços básicos e o aumento do acesso da população à rede de segurança social.
A estes desafios, afirmou o Banco Mundial em um comunicado, somam-se a estabilização da economia e a criação de condições para que o país volte a crescer. Isso inclui aperfeiçoar o sistema fiscal, gerenciar o financiamento público e permitir que o setor privado seja o “motor” do crescimento e a principal fonte de empregos da população.
“O Iêmen ainda é muito frágil. A habilidade do governo de melhorar a vida dos iemenitas por meio de trabalho e bons serviços será vital para a estabilidade. Eles vão precisar de todo o apoio que a comunidade internacional puder oferecer para alcançar esta meta”, afirmou o gerente do Banco Mundial para Iêmen, Wael Zakout. O diretor da instituição para o Iêmen, Hartwig Schafer, disse que as medidas que serão adotadas no país darão credibilidade ao governo de transição e permitirão que se criem as “bases para o desenvolvimento”.
A ajuda do Banco Mundial atende a um pedido do governo de transição do Iêmen. Durante os 18 meses em que a instituição irá atuar no país, as autoridades deverão preparar uma nova constituição e organizar eleições.

