São Paulo – A economia dos países que formam o Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, na sigla em inglês), deverá registrar crescimento de 3,6% em 2024 e de 3,7% em 2025, de acordo com estimativas do relatório Atualização Econômica do Golfo (GEU, na sigla em inglês) divulgado pelo Banco Mundial. A publicação prevê que, neste ano, a expansão da economia do GCC será de 1% devido, sobretudo, a uma contração de 3,9% do setor petrolífero. Por outro lado, no entanto, há a expectativa de que a economia do setor não petrolífero da região cresça 3,4% neste ano, estimulada por consumo, investimentos e acomodação da política fiscal.
O documento destaca, contudo, que as nações da região precisam “continuar comprometidas” com reformas estruturais e com a diversificação da sua atividade produtiva e exportadora para além de petróleo e derivados. De acordo com a diretora do Banco Mundial para o GCC, Safaa El Tayeb El-Kogali, “riscos de desaceleração ainda persistem”, em razão dos conflitos regionais no Oriente Médio, especialmente se estes conflitos se espalharem para outros países. “Como resultado, os mercados globais de petróleo já estão testemunhando uma elevada volatilidade”, afirmou Safaa no comunicado divulgado pelo Banco Mundial em Riad nesta quarta-feira (22).
O documento, intitulado “Reformas estruturais e as mudanças nas normas sociais para ampliar a participação feminina na força de trabalho”, destaca também o crescimento das mulheres no mercado de trabalho, especialmente da Arábia Saudita (na imagem acima, mulher em linha de montagem de aparelhos de ar-condicionado, em Dammam). O mercado de trabalho no setor privado saudita cresceu de forma constante, alcançando 2,6 milhões de trabalhadores no começo deste ano. A participação das mulheres entre os trabalhadores cresceu de 17,4% em 2017 para 36% no primeiro trimestre de 2023.
“As conquistas da Arábia Saudita em avançar no empoderamento econômico das mulheres em apenas alguns anos é impressionante e oferece lições para a região do Oriente Médio e Norte da África e para o mundo”, afirmou o economista-sênior do Banco Mundial, Johannes Koettl.
As expectativas de crescimento para este ano dos seguintes países do Golfo, segundo o Banco Mundial, são: Bahrein, 2,8%; Kuwait, 0,8%; Omã, 1,4%; Catar, 2,8%; Arábia Saudita, -0,5%; e Emirados Árabes Unidos, 3,4%.
