São Paulo – O setor bancário da região do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, na sigla inglês) se prepara para crescer em 2025, apoiado por esforços de diversificação econômica dos países que o integram e das condições financeiras globais favoráveis. A notícia foi publicada no site do jornal saudita Arab News com base em dados da empresa Ernst & Young (EY).
O bloco, formado por Bahrein, Kuwait, Omã, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, deve ter expansão econômica de 3,5% em 2025, impulsionada por projetos de infraestrutura de larga escala, atividade não petrolífera em crescimento e políticas monetárias favoráveis, segundo a EY. A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, as duas maiores economias do GCC, devem testemunhar um crescimento não petrolífero acima dos 3,4%, alimentado por reformas e investimentos.
“À medida que entramos no primeiro trimestre de 2025, o setor bancário do GCC deve permanecer forte devido a consideráveis reservas de capital, indicadores saudáveis de qualidade de ativos e lucratividade adequada”, disse o líder de serviços financeiros da EY – Oriente Médio e Norte da África (Mena), Mayur Pau.
Relatório da EY afirma que os bancos sauditas vivem expansão de crédito constante, impulsionada pelos projetos da Visão 2030 e um aumento nos empréstimos do setor privado. Visão 2030 é um plano estratégico do país de diversificação econômica. “Os megaprojetos planejados do país desempenharão um papel na criação de enormes oportunidades de negócios e empréstimos para os bancos este ano”, diz a EY.
O relatório diz ainda que o setor bancário dos Emirados experimenta crescimento sustentado nos empréstimos e fortes entradas de depósitos corporativos e de varejo, entre outros fatores, e que os bancos do Catar permanecem bem capitalizados, com o setor de gás gerando novas oportunidades de crédito.
A EY também informa que em Omã o setor bancário cresce alinhado com iniciativas de diversificação econômica do plano estratégico nacional Visão 2040 do país, que o Bahrein se beneficia de um aumento nos investimentos do setor privado e da conclusão das modernizações de refinarias e que os bancos do Kuwait mantêm a estabilidade, apoiados por altos ativos estrangeiros.
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