Da redação*
São Paulo – Os bancos dos Emirados Árabes Unidos lucraram 24,8 bilhões de dirhams, o equivalente a US$ 6,7 bilhões, em 2007, segundo dados do Banco Central do país. Houve um aumento de 28% sobre o lucro obtido em 2006. A expansão dos ganhos ocorreu em função do forte crescimento econômico do país, de acordo com o presidente do Banco Central, Sultan Bin Nasser Al Suwaidi.
As informações foram divulgadas no site do jornal árabe Gulf News. De acordo com a publicação, em 2006 os bancos locais tiveram um lucro de 19,4 bilhões dirhams, cerca de US$ 5,2 bilhões. Os empréstimos realizados pelos bancos cresceram 21% em 2007, somando 630 bilhões de dirhams, ou US$ 131 bilhões. O destaque foi o crédito imobiliário, afirmou Al Suwaidi.
Os depósitos realizados nos 49 bancos do país em 2007 somaram 675 bilhões de dirhams (US$ 184 bilhões), contra 555 bilhões de dirhams (US$ 151 bilhões) em 2006. O crescimento, em dirhams, foi de 22%. "O futuro é promissor para os bancos dos Emirados. A economia tende a continuar crescendo", disse Al Suwaidi.
Em janeiro de 2008, o governo do país deverá implantar um plano de crescimento, que promete impulsionar ainda mais o desenvolvimento dos Emirados Árabes Unidos. Al Suwaidi acredita que o plano vai gerar muitas novas oportunidades para os bancos e que eles devem estar preparados para participar do fenômeno.
Emirados
Os Emirados Árabes Unidos já vem chamando a atenção do mundo em função do seu crescimento. O emirado de Dubai, por exemplo, um dos mais importantes do país, está fazendo fortes investimentos em infra-estrutura e turismo. Atualmente, a indústria ainda responde por 62,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, principalmente em função do petróleo, mas os serviços vêm ganhando espaço, com 35,2%. A agricultura movimenta 2% da economia.
O petróleo e o gás representam 30% do PIB do país, que em 2006 ficou ao redor de US$ 110 bilhões. Além de petróleo e petroquímicos, os Emirados produzem pescados, alumínio, cimento, fertilizantes, navios e barcos, materiais de construção e produtos têxteis. O país, porém, é um grande importador e fez compras, em 2006, no valor de US$ 86 bilhões no exterior.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum

