São Paulo – A residência do embaixador do Brasil em Beirute, no Líbano, será aberta a visitas guiadas entre 13 e 17 de maio. Projetada pelo arquiteto brasileiro Olavo Redig de Campos, a casa é considerada uma referência arquitetônica ao unir o modernismo do Brasil e as influências do Oriente Médio. As candidaturas à visitação estiveram abertas, mas as vagas já foram todas preenchidas.
Essa será a segunda vez que a residência é aberta para visitas, de acordo com informações divulgadas pela Setor Cultural da Embaixada do Brasil em Beirute. No ano passado, grupos de profissionais com interesse em arquitetura participaram, mas neste ano as inscrições foram voltadas ao público em geral. As visitas e o transporte até o local serão oferecidos gratuitamente.
A pedra fundamental da residência foi lançada em 1959 pelo general Fouad Chehad, presidente do Líbano na época. Ela foi construída com orientação do engenheiro e arquiteto libanês George Jurdak e a contribuição de artesãos e fornecedores locais. O jardim da casa abriga uma escultura abstrata de mármore branco feita pelo brasileiro Bruno Giorgi, cujos trabalhos são ícones do modernismo.
Brasil e Líbano em Beirute
Segundo a embaixada, a residência reflete a conexão entre Brasil e Líbano e seus povos. Ela fica em um bairro chamado Brasília, em homenagem à capital do Brasil, e está situada no topo de uma colina, com vista de Beirute e do Mar Mediterrâneo. Do modernismo brasileiro fazem parte, por exemplo, o concreto aparente. As formas geométricas dos azulejos refletem a influência local.
As visitas serão guiadas por George Arbid, diretor do Centro Árabe de Arquitetura, instituição de referência em arquitetura modernista na região. A programação é uma iniciativa da Embaixada do Brasil em Beirute com apoio do Instituto Guimarães Rosa com o objetivo de divulgar a arquitetura brasileira e promover o diálogo intercultural.
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