São Paulo – A Boeing prevê que as empresas aéreas do Oriente Médio vão precisar comprar 2.610 aviões novos nos próximos 20 anos. Somado, o valor destas encomendas deverá chegar a US$ 550 bilhões até 2032, segundo estimativas da fabricante norte-americana de aeronaves divulgadas nesta quinta-feira (14), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
De acordo com as previsões da Boeing, que constam do relatório Estimativas Atuais de Mercado (CMO, na sigla em inglês), a maior parte das encomendas será de aeronaves de longa distância e de dois corredores, ou seja, que voam entre continentes e com grande quantidade de passageiros, como os aviões Boeing 777, que podem transportar até 386 pessoas em três classes, e 787, com capacidade para até 250 pessoas. Outros modelos também se encaixam neste perfil.
De acordo com o vice-presidente de Marketing de Aviões Comerciais da Boeing, Randy Tinseth, o tráfego internacional de aviões e passageiros está crescendo e o Oriente Médio “está ultrapassando o resto do mundo”.
“A região do Golfo se beneficia de uma posição geográfica única, que permite conexões com uma parada entre a Europa, África, Ásia e Australásia (que reúne Oceania e o extremo oriente). Adicionalmente, temos visto na última década um crescimento das empresas de baixo-custo, que se beneficiaram de uma grande população jovem, uma ampla força de trabalho migrante e tendências de liberalização de mercados”, afirmou Tinseth.
A Boeing acredita que mais da metade dos novos aviões da Boeing na região serão do tipo “dois corredores”, enquanto que no resto do mundo, cerca de 24% das entregas serão de aeronaves deste tipo. Aviões menores, como o Boeing 737, deverão corresponder a 47% das entregas até 2032 e grandes aviões, como o Boeing 747, deverão corresponder a 10% das vendas no Oriente Médio.
Ainda de acordo com as previsões da empresa, dos 2.610 aviões que o Oriente Médio deverá comprar nos próximos 20 anos, 900 aeronaves serão utilizadas para substituir parte da frota atual e a maior parte dos jatos será utilizada para ampliar a frota das empresas da região. As estimativas da fabricante norte-americana indicam que até 2032 serão demandados 35.280 novos aviões no mundo todo, em encomendas que deverão somar US$ 4,8 trilhões.


