São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro teve encontro com o príncipe saudita Mohammed bin Salman no último sábado (29), em Osaka, no Japão, e conversou com ele sobre oportunidades de investimentos no Brasil. A informação foi publicada no Twitter de Bolsonaro. “Firme em minha determinação de trazer investimentos para nosso país, conversei com o Príncipe Mohammad bin Salman da Arábia Saudita, maior economia do mundo árabe, sobre oportunidades de investimentos no Brasil”, escreveu o presidente.
Os dois estiveram juntos em encontro paralelo às atividades da reunião de cúpula do G20, que ocorreu na sexta-feira (28) e sábado. “Estamos adotando uma posição muito mais equilibrada no Oriente Médio”, também disse Jair Bolsonaro em seu Twitter sobre o encontro com o líder saudita. O portal Terra publicou que Bolsonaro disse a Salman que o Brasil está “de braços abertos” à Arábia Saudita. Um pouco antes do encontro, Bolsonaro disse aos jornalistas que estuda viagem à Arábia Saudita em outubro, segundo o Terra.
“O Brasil é um país de todos, não interessa a religião, a origem, se é judeu, se é árabe, se é muçulmano, se é cristão, é um país realmente em que todos vivem em perfeita harmonia”, disse Bolsonaro ao príncipe saudita, segundo vídeo do início do encontro divulgado pela assessoria de comunicação da Presidência da República.
A agência de notícias oficial da Arábia Saudita, a Saudi Press Agency (SPA), publicou nota sobre o encontro de Bolsonaro com o príncipe herdeiro saudita, que é também vice-primeiro ministro e ministro da Defesa do país árabe. Segundo a agência saudita, no encontro entre Mohammed bin Salman e Bolsonaro foram discutidas as relações de cooperação entre a Arábia Saudita e o Brasil e a importância de desenvolvê-las em todos os campos.
A Arábia Saudita é um dos maiores destinos das exportações brasileiras no mercado árabe. De janeiro a maio deste ano, o país foi o segundo maior importador dos produtos brasileiros entre os países árabes, atrás apenas dos Emirados, com US$ 856 milhões em compras. Os sauditas foram os maiores fornecedores do Brasil entre os árabes no mesmo período, com US$ 924,7 milhões em vendas. Os brasileiros exportam aos sauditas principalmente carne e açúcar. Já a Arábia Saudita vende ao Brasil sobretudo petróleo e fertilizantes.
O governo de Jair Bolsonaro vem travando aproximação com os países árabes, depois de mal-estar criado com a promessa de transferir a embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém assim que ele assumiu o governo e na campanha. A transferência não se efetivou. Nos últimos meses, pelo menos dois ministros brasileiros – o ministro de Ciências, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Cesar Pontes, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles – estivarem nos Emirados Árabes Unidos. Também o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional dos Emirados, Abdullah bin Zayed Al Nahyan, esteve no Brasil.