Dubai – O presidente Jair Bolsonaro visitou a feira da indústria aeroespacial Dubai Airshow neste domingo (14) no emirado árabe. Ele assistiu a um show aéreo no pavilhão real e depois visitou o espaço da Embraer, de empresas do Oriente Médio e inaugurou o pavilhão do Brasil na feira, que conta com seis empresas.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, que estava na comitiva presidencial no evento, disse à ANBA que os principais setores que o Brasil está buscando investimentos nos países árabes são petróleo, gás e infraestrutura, além da concessão de portos, rodovias, ferrovias e aeroportos.
Embraer
No pavilhão da Embraer, empresa brasileira de aviação, Bolsonaro conheceu a aeronave comercial Profit Hunter E195-E2, que transporta 146 passageiros, o cargueiro KC390, que voa com até 26 toneladas, e as aeronaves Super Tucano e Praetor. Ele foi acompanhado pelo presidente da companhia, Francisco Gomes Neto, e pelo presidente da Embraer Defesa e Segurança, Jackson Schneider, entre outros executivos da empresa.
A Embraer tem escritório de marketing e vendas em Dubai. Há aviões executivos da empresa operando em países árabes como Jordânia e Líbano, e aeronaves na Emirates Flight Training Academy e também na academia de voo da Etihad.
Este é o primeiro evento de aviação que tem todas as áreas representadas que a Embraer participa desde fevereiro de 2020. A Dubai Airshow é uma das quatro maiores feiras de aviação do mundo, junto com as de Singapura, Paris (França) e Farnborough (Inglaterra). O evento acontece a cada dois anos no emirado.
Pavilhão Brasil
Bolsonaro cortou a fita para inaugurar o pavilhão do Brasil na Dubai Airshow. A cerimônia foi acompanhada pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Augusto Pestana, pelo secretário de Produtos de Defesa (Seprod) do Ministério da Defesa, Marcos Degaut, pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) Roberto Gallo, pelo diretor de Negócios da Apex-Brasil, Lucas Fiuza, e pela chefe de Operações do Escritório da Apex-Brasil para Oriente Médio e Norte da África, Karen Jones.
Seis empresas estão no pavilhão brasileiro que é promovido pela Apex e pela Abimde, em parceria com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, o Ministério da Defesa, o Ministério das Relações Exteriores e o Governo Federal. São elas a Saipher, de soluções em tráfego aéreo e aeroportos; a CSD Componentes e Sistemas de Defesa, a M&K Logistics, de logística de produtos de defesa; a Lace soluções de eletrônica; a Avionics Services, de instalação e modernização de equipamentos elétricos e aviônicos na aeronave; e a Akaer, de soluções de tecnologia para os setores aeroespacial e de defesa.
Outras visitas
Bolsonaro visitou ainda a Calidus, uma empresa de aviação dos Emirados Árabes Unidos que comprou um design de um avião de defesa da Embraer cinco anos atrás e montou a aeronave Calidus B250 nos Emirados. Até agora, eles já montaram duas aeronaves com o design brasileiro. A empresa quer fazer mais negócios com o Brasil e um funcionário informou que o País está interessado em um modelo de tanque militar, o 8×8, feito nos Emirados pela companhia.
Outra companhia dos Emirados por onde passou o presidente foi a Adasi, do grupo Edge, que produz com impressora 3D equipamentos de defesa autônomos, como helicópteros, drones e mísseis. Havia mísseis em exposição. A sede da companhia fica em Al Ain, no emirado de Abu Dhabi.
Participaram da visita o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, o secretário especial da Cultura, Mario Frias, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o ministro de Relações Exteriores, Carlos França, o embaixador do Brasil em Abu Dhabi, Fernando Igreja, entre mais de 50 autoridades e convidados.
Antes da visita à Dubai Airshow, Bolsonaro foi visitar o topo do Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo, com 828 metros e 163 andares. Após a feira, ele foi à fábrica da BRF na Zona Industrial de Abu Dhabi (Kizad), onde foi recebido pelo CEO da empresa, Lorival Luz. A BRF é uma indústria de alimentos brasileira que tem fábrica nos Emirados desde 2014, e produz nesta planta produtos derivados de frango. A unidade produtiva conta com 520 colaboradores e tem capacidade produtiva de 72 mil toneladas por ano, exportando produtos das marcas Sadia, Sadia Food Service, Perdix, Hilal, Confidence e Sahtein para países do Golfo, Norte da África e Liga Árabe.
“Estamos completando três anos de governo e o trabalho que a gente pode fazer é não atrapalhar quem quer produzir, nosso trabalho é colaborar com vocês”, disse Bolsonaro na BRF, em áudio compartilhado com a imprensa, que não pôde acompanhar a visita.
Nesta noite, o presidente foi jantar no restaurante de churrasco brasileiro Fogo de Chão com a comitiva, no distrito financeiro de Dubai.