São Paulo – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial das vacinas CoronaVac e de Oxford no Brasil. A primeira é produzida pelo Instituto Butantan, órgão do estado de São Paulo, e foi desenvolvida em parceria com a chinesa Sinovac. A segunda é desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, com acordo para ser fabricada no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A decisão foi divulgada neste domingo (17) e no mesmo dia a primeira cidadã brasileira já recebeu a vacina produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo. De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem, Mônica Calazans (sendo vacinada, na foto acima) é enfermeira intensivista, plantonista do hospital paulista Emílio Ribas, referência em infectologia e covid-19, e foi a primeira pessoa vacinada contra o coronavírus no Brasil. A vacinação no estado estava prevista para ter início apenas no dia 25 de janeiro.
Após a aprovação das duas vacinas em regime de emergência, o Governo Federal decidiu acelerar o início da vacinação. Segundo a Agência Brasil, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta segunda-feira (18) que a vacinação contra o novo coronavírus começará nos estados ainda hoje. Ele disse que a previsão é que a distribuição das doses da vacina com uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) ocorra até as 14h de hoje, e que as primeiras aplicações sejam feitas até as 17h.
Ainda de acordo com a Agência Brasil, ao lado de governadores, Pazuello participou, nesta manhã, do ato simbólico de entrega de 4,6 milhões de doses da CoronaVac no Centro de Logística do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. As vacinas serão transportadas por via aérea para o Distrito Federal e as capitais de dez estados: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Roraima e Santa Catarina. Também há previsão de distribuição de vacinas por via terrestre.
Segundo o ministro, o Instituto Butantan receberá um ofício pedindo celeridade no envio do pedido de autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a produção de mais 2 milhões de doses da CoronaVac. A documentação deve ser analisada até 31 de março.
O ministro reforçou que os primeiros a receber as doses da vacina serão integrantes do grupo prioritário: profissionais da saúde, idosos e indígenas. Pazuello destacou, ainda, que os cuidados com uso de máscara e álcool em gel não podem ser deixados de lado. “A vacina não determina o fim das medidas protetivas”, disse.