São Paulo – A expectativa dos promotores do pavilhão brasileiro na Feira Gulfood, que ocorre de 23 a 27 de fevereiro em Dubai, é ampliar as vendas do Brasil para o Oriente Médio e conquistar novos clientes. Empresas, instituições setoriais e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) se reuniram nesta quinta-feira (06) na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, para acertar os últimos preparativos e as novidades da participação brasileira na mostra.
De acordo com o analista da Gerência Executiva de Imagem e Acesso a Mercados da Apex, Guilherme Machado, há a previsão de que a edição deste ano supere a de 2013 em volume de negócios. No ano passado, as empresas que participaram do evento projetaram US$ 333 milhões em exportações 12 meses, além dos US$ 150 milhões negociados durante a mostra.
“A situação neste ano é muito boa. Temos uma perspectiva de obter 200 milhões de toneladas de grãos na safra deste ano, ou seja, deveremos ter um excedente no Brasil. Já os árabes estão crescendo e precisam do alimento que temos. Nós, da Apex, estamos tentando atrair ainda mais oportunidades no nosso estande. Temos condição para fazer bons negócios”, disse.
Coordenadora de marketing da Câmara Árabe, que organiza o estande brasileiro em parceria com a Apex, Karina Cassapula afirma que há a previsão de mais negócios neste ano, pois mais empresas participarão e foram promovidas mudanças no pavilhão brasileiro. Agora há mais espaço para as empresas e menos para as instituições de classe. O Brasil é um dos principais patrocinadores do evento.
No total, 77 empresas participarão da Gulfood no estande de 711 metros quadrados organizado pela Apex e pela Câmara Árabe, 25 empresas a mais do que em 2013. Pela primeira vez, o espaço do Brasil terá um mezanino. Na área de 311 metros quadrados haverá uma cozinha e nela um chef irá preparar pratos brasileiros. Café da manhã com cereais, almoço com frango, carne, polenta, e até um happy hour com quitutes como pastel serão servidos aos clientes e visitantes convidados pelos expositores. “É uma forma de mostrar aos árabes como os ingredientes brasileiros são empregados na nossa culinária”, afirmou Karina.
O diretor geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, afirmou que os exportadores brasileiros têm condições de fechar muitos negócios na mostra deste ano. “É a maior feira de alimentos do Oriente Médio, com clientes de diversos países e 80 mil visitantes. A crise econômica mundial já passou e o Brasil tem uma presença grande na região”, afirmou.
Ele observou, porém, que vender para os clientes do Golfo não é tão fácil. “A concorrência é muito forte”, disse. Alaby afirmou que há grandes oportunidades de exportação de produtos como frutas tropicais, sucos e geleias.
As exportações de alimentos do Brasil para o Golfo somaram US$ 5,257 bilhões em 2013, aumento de 6,62% em relação a 2012, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O Brasil é o principal fornecedor de carnes e açúcar para a região, mas é apenas o 17º maior fornecedor de laticínios, 37º em frutas, 11º em chá, café e especiarias e o 38º em biscoitos e massas, segundo dados do International Trade Centre, agência de promoção do comércio exterior vinculada à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Durante a Gulfood, os expositores brasileiros e funcionários da Apex em Dubai deverão realizar visitas técnicas a redes de supermercado que atuam nos Emirados Árabes Unidos e se reunir com empresas e clientes locais.
Serviço
Gulfood
De 23 a 27 de fevereiro
Dubai World Trade Centre, Emirados Árabes Unidos
Informações no site www.gulfood.com


