Da redação
São Paulo – O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, instalou ontem (15) o escritório brasileiro do Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul (Cosave). Nos próximos dois anos, o Brasil assume a presidência do organismo, que tem como objetivo harmonizar e fortalecer as políticas fitossanitárias do Cone Sul, informou o Ministério, em nota. Além do Brasil, o Cosave, criado em 1989, é formado pelo Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Ao presidir a cerimônia de instalação do Comitê, Roberto Rodrigues disse que no momento em que as questões sanitárias assumem uma posição importante das negociações internacionais é fundamental a harmonização das ações entre os países do Cone Sul. “Como estamos aumentado a nossa participação nas exportações, alguém está perdendo e quer recuperar. Se isso não acontece por meio da competitividade, o caminho são os fóruns internacionais”, ressaltou o ministro.
Rodrigues acrescentou que o Brasil está aumentando sua competitividade com aumentos sistemáticos de produção e de exportação, mas tem que estar preparado para negociar, seja na Área de Livre Comércio das Américas (Alca), na Organização Mundial do Comércio (OMC) ou nas relações Mercosul/União Européia.
O ministro acredita que o papel do Cosave será fundamental no processo, a partir de uma parceria com a iniciativa privada. “Estamos assumindo a coordenação do Cosave com a firme proposta de agregar as discussões e as ações com o setor privado, porque ele é o nosso principal cliente”, afirmou.
No biênio 2004-2006, Roberto Rodrigues será presidente do Conselho de Ministros do Cosave. A presidência do Comitê Diretivo do órgão ficará a cargo do diretor do Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal, Girabis Evangelista. O Conselho de Ministros fixa as políticas, estratégias e prioridades da organização e o Comitê Diretivo define os programas, projetos e atividades, conforme o problema sanitário existente.
Os compromissos assumidos pelo Cosave têm como principais linhas de atuação a promoção de novas ações que resultem em benefício direto para o agronegócio e a elaboração de um banco de dados que permita colocar à disposição do setor agroexportador informações confiáveis no que se refere às restrições existentes para o ingresso de produtos agrícolas de interesse do Cone Sul. Também é responsável por fazer análise das restrições aplicadas por outros países ou blocos para os principais produtos de exportação da região.
O Cosave tem ainda como objetivo desenvolver ações na geração e implantação de normas que irão reger o comércio internacional e que são desenvolvidas em âmbito internacional, como, por exemplo, a Convenção Internacional de Proteção Fitossanitária, do Codex Alimentarius, além da Convenção de Biodiversidade. Estas ações permitem a abertura comercial e redução de custos aos países exportadores.

